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Edição 586

“É necessário que os executivos municipais tratem o Coronado com mais dignidade”

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Depois de gerir os destinos de S. Mamede do Coronado, José Ferreira assumiu o mandato da União de Freguesias do Coronado, em 2013. Em entrevista ao NT, o autarca faz um balanço “positivo” do exercício de funções, mas sublinha que o desafio de unir as populações “é constante”.

O Notícias da Trofa (NT): Estão quase cumpridos três anos de mandato. Qual o balanço que faz do exercício de funções como primeiro presidente da União de Freguesias do Coronado?
José Ferreira (JF): Naturalmente positivo, as expectativas eram enormes e continuam e por essa razão este executivo, sendo o primeiro da União das Freguesias do Coronado, tem uma responsabilidade acrescida perante esta nova realidade.
Tem sido um desafio constante bem como uma adaptação sistemática à nova realidade que uniu as duas freguesias.
A própria população também reflete essa realidade, a preocupação de querer o melhor para a sua freguesia em particular é uma constante. É uma demonstração clara do bairrismo que ainda existe em cada uma das freguesias. O nosso principal desafio, enquanto executivo, é contrariar esse bairrismo e fazer nascer um sentimento de união na nova freguesia que faça diluir o argumento de que uma freguesia é favorecida em relação à outra. Este é um desafio que irá perdurar por muito tempo.

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NT: Quais as principais obras que destaca deste mandato?
JF: As nossas principais obras destacam-se sobretudo na criação de mecanismos que facilitem a adaptação e a aproximação das pessoas à Junta de Freguesia. Concretamente, o edifício da sede da Junta em S. Romão, que apesar de já estar requalificado faltavam ainda as condições e equipamentos para o seu funcionamento, como as portas interiores, secretaria da Junta, rede de internet, rede telefónica, rede elétrica, etc. Adaptação de um espaço para acolher a Loja do Cidadão em S. Romão e o Posto dos CTT em S. Mamede.
As principais obras deste executivo estão centradas na área social e muito direcionadas para as pessoas. É o caso da criação da Universidade Sénior, que promove o envelhecimento ativo, o Coronado em Férias, que acolhe as crianças durante as férias escolares e onde as mais carenciadas têm o seu espaço, o Coronado Ativo, promove a atividade física na população em geral, o Coronado ConVida, Festa de Natal e Rally Spirit, que promovem a nossa freguesia na sua generalidade.
No que respeita a obras físicas, não posso deixar de destacar o trabalho que se tem desenvolvido na requalificação de todos os cemitérios da freguesia. Compreendo que é uma questão sensível, mas mais tarde ou mais cedo este trabalho teria que ser feito. Podia fazer como os executivos anteriores e deixar andar, se até agora tinha servido pois assim continuava e não se criavam descontentamentos. Mas a nossa forma de estar é diferente e o sentido de responsabilidade faz com que tenhamos esta postura.
Construímos o Jardim Escultura Prof. Alberto Carneiro. Requalificámos o Largo dos Correios e o Largo da Feira Nova, conferindo-lhes uma imagem mais adequada ao estatuto de Vila.
Construímos um Parque de Autocaravanas na Quinta de S. Romão, único no nosso concelho e que tem trazido muitos turistas à nossa Vila.
Construção de casas de banho públicas na Quinta de S. Romão. Requalificação da Casa Mortuária de S. Romão, apesar de ser uma obra com apenas oito anos tem problemas estruturais muito graves. Requalificámos a Rua do Lidador, Rua de Vilar de Lila, Rua da Profitela (águas pluviais), Rua Vale do Coronado (muro de suporte de berma), Rua do Tapadinho (alargamento) e Rua do Ribeirinho.

NT: Quais os desafios que pretende abraçar até ao fim do mandato?
JF: Concluir praticamente todas as obras em curso. Fazer da nossa Vila uma referência no panorama municipal em termos de qualidade de vida. Para isso é necessário que os executivos municipais tratem a população da Vila do Coronado com mais dignidade e se façam investimentos estruturais tão necessários ao desenvolvimento da nossa comunidade.

NT: Um dos principais problemas da freguesia é o mau estado da rede viária. Que diligências está a Junta de Freguesia a tomar para resolver esta situação?
JF: É do conhecimento geral que não assinámos o protocolo com a Câmara Municipal para a manutenção das ruas na primeira fase. Passaram-se dois anos e meio em que essa responsabilidade cabia à Câmara Municipal. Muito pouco foi feito atendendo às necessidades da nossa rede viária. Apenas desde abril deste ano essa responsabilidade passou para a Junta de Freguesia e muito temos feito para corrigir os casos mais urgentes. Ficámos sempre com a sensação de que as verbas financeiras que estavam destinadas a ser investidas na requalificação das nossas ruas nunca chegaram a ser aqui empregues. Atualmente, com todas as limitações financeiras da Junta de Freguesia, tentámos fazer o melhor possível. Nunca será o suficiente, a Junta não tem essa capacidade. As estradas são todas municipais e há vários anos que se tem vindo a degradar sem que nenhum executivo camarário tenha feito requalificações de fundo. A Câmara Municipal anunciou a intervenção em algumas ruas da nossa Freguesia, estamos expectantes quanto ao tipo de intervenção que vai ser realizada. Se for como tem sido até agora será uma deceção, pois não passaram de remendos e não é desse tipo de intervenções que necessitámos. Queremos intervenções profundas e que resolvam os problemas da nossa rede viária de forma definitiva.

NT: Tenciona recandidatar-se à Junta de Freguesia nas próximas eleições?
JF: Está tudo em aberto.

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