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Ano 2008

Dia Mundial Contra o Cancro da Mama assinala-se hoje

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A associação Ame e Viva a Vida convida Portugal a vestir-se esta quinta-feira de cor-de-rosa para assinalar o dia nacional de luta contra o cancro da mama, doença que mata 1800 mulheres portuguesas por ano. Além do pedido para toda a gente vestir uma peça cor-de-rosa, a associação vai distribuir um folheto de sensibilização e informação nas 18 capitais de distrito.
    O médico e também fundador da associação Fortuna Campos explicou que o folheto ensina o auto-exame, refere a importância das consultas e de mamografias periódicas.

    O auto-exame deve ser feito a partir dos 20 anos e até à menopausa, uma vez por mês, depois do período menstrual. A realização da primeira mamografia deve ser feita por volta dos 35/40 anos e a sua repetição periódica é determinada por factores de risco e avaliação médica.

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    Entre os factores de risco estão casos de cancro na família, uma primeira menstruação precoce (antes dos 11 anos) e uma menopausa tardia (após os 55 anos).

    O cancro da mama mata por ano 1.800 mulheres portuguesas, alertou o presidente da Liga Portuguesa Contra o Cancro, Vítor Veloso, referindo ainda cinco mil novos casos anuais no país.

    O número de casos conhecidos tem aumentado nos últimos cinco anos devido ao alargamento de rastreios, que permitem a detecção precoce da doença, e aos estilos de vida actuais, que incluem stress, má alimentação, sedentarismo e tabaco.

    Em declarações à Agência Lusa, o coordenador nacional das doenças oncológicas, Pedro Pimentel, acrescentou, por seu lado, que os números em cinco anos mostram uma taxa de sobrevivência entre os 75 e os 80 por cento.

    “Tem-se registado um decréscimo sustentado e consistente na mortalidade, que passa pela cobertura do programa de rastreio e a maior consciencialização das mulheres, que permite um diagnóstico mais precoce” e uma maior taxa de sucesso no tratamento, referiu.

    Actualmente, o rastreio está acessível a metade das portuguesas, mas o presidente da Liga acredita que no máximo de dois anos a totalidade da população possa estar abrangida.

    Com uma cobertura total do programa, a mortalidade poderá diminuir em 20 por cento num período de cinco a 10 anos, acrescentou à Lusa Vítor Veloso.

    O programa de detecção é desenvolvido pela coordenação nacional de rastreio da Liga através de protocolos com as Administrações Regionais de Saúde.

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