Região
Desemprego em queda na Trofa e Santo Tirso. Famalicão regista aumento
Os dados do Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP) relativos ao desemprego no mês de dezembro de 2024 mostram uma redução significativa nos concelhos da Trofa e de Santo Tirso em comparação com o ano anterior, enquanto Vila Nova de Famalicão registou um aumento.
Na Trofa, o número de desempregados desceu para 1086 em dezembro de 2024, face aos 1162 registados no mesmo mês de 2023, o que corresponde a uma redução de 6,54%. Comparando com novembro de 2024, onde o desemprego foi de 1109, verificou-se também uma ligeira descida de 2,07%. O mês com maior número de desempregados foi janeiro de 2024, com 1189 pessoas registadas no centro de emprego.
Em Santo Tirso, os dados revelam uma diminuição ainda mais significativa. O desemprego caiu de 2379 em dezembro de 2023 para 1956 no mesmo mês de 2024, uma redução de 17,79%. Em relação a novembro de 2024, quando havia 2094 desempregados, a diminuição foi de 6,59%. Janeiro de 2024 foi o mês mais crítico, com 2439 desempregados registados.
Ao contrário dos outros dois concelhos, Vila Nova de Famalicão registou um aumento do desemprego. Em dezembro de 2024, o número de desempregados subiu para 3973, face aos 3796 do mesmo mês de 2023, o que representa um aumento de 4,66%. Comparando com novembro de 2024, quando o desemprego foi de 3852, houve uma subida de 3,14%. O mês de dezembro destacou-se como o pior de 2024 no concelho.
No panorama mais amplo, o desemprego no Norte registou uma subida de 4,18% em dezembro de 2024, atingindo 126.936 pessoas, em comparação com as 121.841 do mesmo mês de 2023. A nível nacional, em Portugal Continental, o aumento foi de 6,21%, com 324.162 desempregados em dezembro de 2024 face aos 305.242 do ano anterior.
Região
Por ano, são diagnosticados 450 casos de cancro na ULS do Médio Ave
Anualmente, mais de 450 novos casos de cancro são referenciados para tratamento na unidade, abrangendo os concelhos de Vila Nova de Famalicão, Santo Tirso e Trofa.
A Unidade Local de Saúde do Médio Ave (ULSMAve) vai assinalar o Dia Mundial do Cancro, que se celebra a 4 de fevereiro, com uma ação de sensibilização sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce. A iniciativa decorre num contexto em que, anualmente, mais de 450 novos casos de cancro são referenciados para tratamento na unidade, abrangendo os concelhos de Vila Nova de Famalicão, Santo Tirso e Trofa.
Segundo a nota informativa da ULS Médio Ave, os tipos de cancro mais prevalentes na região são o do pulmão, da mama, do aparelho digestivo e da próstata. Só no último ano, foram admitidos para tratamento 130 novos casos de cancro da mama, 60 de cancro colorretal e 45 de cancro gástrico. No entanto, estes números não refletem a totalidade dos diagnósticos, uma vez que alguns doentes são orientados para outras unidades hospitalares.
O Serviço de Oncologia da ULSMAve assegura atualmente o tratamento de cancros da mama, gástrico, colorretal e da tiroide, enquanto as restantes neoplasias malignas são acompanhadas no IPO do Porto ou em hospitais de referência de Braga e Porto. Desde 2019, a unidade tem um protocolo de colaboração com o IPO do Porto para melhorar a resposta à patologia oncológica.
A nível global, o cancro continua a ser uma das principais causas de morte, responsável por cerca de 10 milhões de óbitos anuais. De acordo com a Organização Mundial da Saúde, uma em cada cinco pessoas desenvolverá cancro ao longo da vida, sendo que um terço dos casos pode ser prevenido e outro terço pode ser curado se detetado precocemente e tratado de forma adequada.
Entre as medidas preventivas recomendadas pela ULS Médio Ave estão a adoção de hábitos saudáveis, como evitar o tabaco e o consumo excessivo de álcool, manter um peso saudável, praticar exercício físico regular, vacinar-se contra infeções como o papilomavírus humano (HPV) e a hepatite B, e aderir aos rastreios de diagnóstico precoce.
Região
Preços das casas em alta
No concelho da Trofa, o metro quadrado fixou-se em 1476 euros em dezembro, registando uma ligeira descida de 0,5% face a novembro, mas um aumento anual de 9,6%.
Os preços das habitações nos concelhos da Trofa, Santo Tirso e Vila Nova de Famalicão registaram valores máximos históricos no fim de 2024, de acordo com dados da plataforma Idealista. Apesar de algumas variações mensais, o crescimento anual foi notável, refletindo a tendência de valorização imobiliária na região.
Em Vila Nova de Famalicão, o preço médio do metro quadrado atingiu os 1500 euros, representando um acréscimo de 1,9% em relação a novembro e uma subida de 16,7% face a dezembro de 2023.
O valor é o mais alto entre os três concelhos e coloca Famalicão como o quarto concelho mais caro do distrito de Braga, apenas atrás de Esposende (2067 euros), Braga (1975 euros) e Guimarães (1613 euros). Nas freguesias de Brufe e Vila Nova de Famalicão e Calendário, os preços chegaram, respetivamente, a 1865 euros e 1728 euros.
No concelho da Trofa, o metro quadrado fixou-se em 1476 euros em dezembro, registando uma ligeira descida de 0,5% face a novembro, mas um aumento anual de 9,6%. Apesar de não ter superado o valor máximo histórico de novembro de 2024 (1478 euros), a Trofa mantém-se no 10.º lugar dos concelhos mais caros do distrito do Porto, que apresenta uma média de 2916 euros por metro quadrado. Foi, aliás, este um dos distritos com a maior subida percentual do preço das casas, mais 15,9% se se considerar os valores do metro quadrado em dezembro de 2024 e o mês homólogo de 2023.
A plataforma Idealista dá também alguns dados relativos a freguesias. Na freguesia do Coronado, pertencente ao concelho da Trofa, o preço situou-se em 1402 euros, no último mês do ano.
Já no município de Santo Tirso, o preço do metro quadrado alcançou o máximo histórico de 1392 euros, com um aumento significativo de 4,5% face a novembro e 21,1% em relação ao mesmo mês do ano anterior. O concelho ocupa o 11.º lugar no ranking distrital, num contexto em que os valores mais elevados são registados no Porto (3705 euros) e em Matosinhos (3479 euros).
Comparando com os valores de 2015, o crescimento foi evidente em todos os concelhos. Na Trofa, o metro quadrado subiu 112,4%, passando de 695 euros para 1476 euros. Em Santo Tirso, o metro quadrado custava 742 euros há nove anos, menos 650 que agora. E em Famalicão, a valorização foi igualmente acentuada. Em dezembro de 2015, o metro quadrado custava 690 euros, menos de metade do valor registado no fim de 2024.
Em Portugal, a média do custo do metro quadrado, em dezembro de 2024, foi de 2827 euros, mais 10,4% tendo em conta o mesmo mês de 2023. Em 2015, a média do custo do metro quadrado no país situava-se nos 1136 euros.Ainda segundo dados da Idealista, Portugal é o quarto país da União Europeia (UE) com a maior subida dos preços das casas entre 2015 e 2023, apresentando um crescimento de 48,1%, apenas atrás da Hungria, Lituânia e República Checa. A menor subida dos preços foi sentida na Finlândia.