Edição 777
Desagregação em Bougado: PAN defende referendo e Iniciativa Liberal considera que votação foi feita de “forma democrática”
Mais de uma semana após a sessão extraordinária da Assembleia de Freguesia de Bougado, na qual foi reprovada a proposta para a desagregação das freguesias de Santiago e de S. Martinho, dois partidos sem representação nos órgãos autárquicos, mas com estruturas concelhias, manifestaram-se acerca dos acontecimentos e com visões distintas.
O PAN – Pessoas-Animais-Natureza defende que a desagregação de freguesias seja decidida através de um referendo popular. Só desta forma, argumenta, é possível “dar voz à população que se sente traída pelo o chumbo da proposta de desagregação das freguesias, apresentada pelo Movimento por Santiago de Bougado”.
“Solidário” com o movimento cívico, o PAN “enaltece a adesão massiva do público à sessão extraordinária, considerando que isso demonstra a importância do tema para a comunidade” e critica a opção tomada pela votação secreta que, no entender do partido, “pode ser vista como uma tentativa de desresponsabilizar os deputados pelo resultado da votação”.
Em contraposição com o presidente da Junta de Freguesia, Luís Paulo, o partido refuta o argumento de que a agregação das freguesias não acarretou prejuízo para as populações, referindo que “apenas e só a potencial perda de identidade da população, de cada uma das antigas freguesias, pode configurar um grave prejuízo para os seus habitantes”.
“O PAN Trofa repudia a afirmação de Luís Paulo Sousa, quando este informou os presentes que, ao longo dos nove anos de governação, alocou 80% do orçamento da freguesia para investimentos no território da antiga freguesia de Santiago de Bougado. Habitando no território da antiga freguesia de S. Martinho cerca de 70% da totalidade da população da atual freguesia de Bougado, o partido considera que o inerente desinvestimento em S. Martinho é outro dos graves prejuízos que a agregação provocou”, pode ainda ler-se no comunicado.
Já a Iniciativa Liberal concorda com a forma como foi conduzida a Assembleia, inclusive pelo método utilizado para a votação. Considerando que os “acontecimentos posteriores” à votação que resultaram em “pressões para anulação e nova votação de braço no ar”, este partido “entende que os elementos deste órgão político manifestaram o seu sentido de votação de forma democrática e em consciência” e que “em democracia não se pode tentar condicionar e pressionar o sentido de voto dos eleitos exigindo uma nova votação que não seja secreta”.
“Não podemos aceitar que na Trofa se tente implementar formas de fazer políticas anteriores a 1974, com tiques claros de regimes ditatoriais com pressões exacerbadas para a implementação de disciplinas de votos sobre os membros das assembleias. Defendemos que uma eventual desagregação das freguesias de Bougado (Santiago e S. Martinho) deve seguir as regras legais e democráticas. Nenhum partido é dono da democracia”, conclui a Comissão Coordenadora do Núcleo Territorial da Iniciativa Liberal da Trofa.
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