Edição 757
Cruz Vermelha delegação-piloto em programa de apoio alimentar
Com o “Cartão Dá”, as famílias têm acesso a um plafond, através do qual podem fazer compras nos supermercados Continente, marca parceira do projeto.
A delegação da Trofa da Cruz Vermelha Portuguesa é uma das instituições que estão a testar um novo modelo de apoio alimentar, que tem como objetivo central instruir os beneficiários a adotarem uma boa gestão doméstica.
Com o “Cartão Dá”, as famílias têm acesso a um plafond, através do qual podem fazer compras nos supermercados Continente, marca parceira do projeto.
“O caminho do apoio alimentar é este”, atestou Daniela Esteves, presidente da delegação trofense da Cruz Vermelha, que deu conta que, desde abril de 2021, foram “depositados” nos cartões 3625 euros, que ajudaram a alimentar “64 pessoas”. O valor a atribuir a cada família “é encontrado tal como a valorização que é feita nos cabazes” que são entregues através dos programas tradicionais.
“Isto permite trabalhar as competências ao nível da gestão familiar e dá liberdade de escolha. E depois há um trabalho sério no combate ao desperdício alimentar”, acrescentou. Além disso, este programa, argumenta Daniela Esteves, “permite libertar as instituições de toda a logística e despesas associadas à armazenagem, composição e distribuição dos cabazes” e essa poupança permite o financiamento para colocar uma técnica da instituição no apoio aos beneficiários.
Em 2021, a Cruz Vermelha deu mais 36% de alimentos
Em 2021, a delegação da Cruz Vermelha doou mais de 350.000 alimentos que no ano anterior. Um crescimento de 35%, que se explica pela “situação pandémica” e a crise que esta provocou.
O apoio em excedentes alimentares cresceu brutalmente. Em 2020, através desta resposta, foram doados 61.200 alimentos, valor que mais do que duplicou em 2021: 153.024 bens alimentares foram entregues a 7961 pessoas, mais 1161 que no ano anterior.
Também se registou um reforço da ajuda dada pela instituição através do Programa Operacional de Apoio às Pessoas Mais Carenciadas (POAPMC): foram distribuídos 169.507 alimentos no ano transato, para apoiar, mensalmente, 460 pessoas. Em 2020, eram menos dez pessoas apoiadas e foram doados 157.780 bens alimentares.
Na cantina social Porta de Sabores, também se notou um aumento das necessidades. Foram confecionadas 6324 refeições (mais 1727 que em 2020) para 314 pessoas.
“Comparativamente com o ano anterior, há um aumento substancial nos pedidos de apoio, ao nível alimentar e de roupa também”, sublinhou Daniela Esteves, referindo-se ao reforço das doações em vestuário e calçado. Em 2021, foram doadas 1956 peças, mais 441 que no ano anterior.
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