Cruz Vermelha apela à igualdade na comemoração do Dia da Mulher

A Cruz Vermelha da Trofa celebrou o Dia Internacional da Mulher através da arte, com atividades para sensibilizar a população.

Os alunos da Escola Básica e Jardim de Feira Nova e os utentes do Centro Comunitário Municipal e do Centro Social e Paroquial de São Mamede do Coronado adaptaram a música “Tá Bonito”, de Ágata, com uma letra a combinar com a efeméride.

A coordenadora da Cruz Vermelha da Trofa, Carla Lima, sublinhou a importância da participação da comunidade, principalmente das crianças, numa iniciativa que se focou na projeção da luta feminina e na promoção da igualdade de género.

“(Esta ação) representa a necessidade de ainda falarmos do dia da mulher para lembrar que ainda há muitas desigualdades a nível mundial. É bom não nos esquecermos de lutar todos os dias por esses valores e, por isso, também convidamos as escolas, para que, desde pequenas, as crianças possam perceber que o mundo tem de ser igual”, referiu.

A coordenadora da EB/JI de Feira Nova declarou que “os alunos aceitaram de bom grado” o desafio de participarem na música, que até “já conheciam”, pelo que “foi muito fácil ensaiá-los”. Sobre a problemática em questão, a docente revelou que as crianças estão cada vez mais sensíveis a este tipo de causas.

Os utentes do Centro Comunitário Municipal e do Centro Social e Paroquial de São Mamede do Coronado participaram nas comemorações e mostraram-se solidários com o tema. “Não tenho nada a opor ao Dia da Mulher, que para mim não é só hoje (dia 8), mas todos os dias e faço para que as minhas mulheres sintam que o meu abraço, seja de pai, de avô ou de marido, esteja presente todos os dias”, testemunhou José Coelho, utente do Centro Comunitário Municipal.

Noutro plano, as paredes do auditório Tomé Carvalho, na sede da Cruz Vermelha da Trofa, encheram-se de olhares com significado, graças à exposição “Sua Condição”, assinada pela pintora Carmo Vieira.

A artista portuguesa afirmou estar muito honrada pelo convite, esperando pôr os visitantes a refletir sobre a condição feminina de hoje em dia. “Espero não ter deixado ninguém indiferente com estes olhares e com este meu tema que é a condição feminina que ainda é uma realidade que se passa nos dias de hoje”, adiantou.

Através das obras, Carmo Vieira pretende manter o debate sobre o papel da mulher na sociedade e transmitir uma mensagem esperançosa de que um dia a figura feminina estará no mesmo patamar que o homem. “O Dia da Mulher terá que ser mais do que flores, terá que ser também uma reflexão sobre o que podemos fazer, para que a violência contra a mulher seja diminuída”, rematou.

A exposição está aberta ao público até dia 5 de maio e a entrada é gratuita.

Sofia Dias/C.V.