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Edição 467

Correio do Leitor: Páscoa

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A alegria do Evangelho enche o coração e a vida inteira daqueles que se encontram com Jesus. Com Jesus Cristo, renasce sem cessar a alegria (E.G.1).

Estamos a caminho da Páscoa!

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Nestes dias a comunhão com os que amamos intensifica-se. É o que sinto também em relação a cada um e cada uma de vós. Eis as razões do sinal de vida que vos comunico.
A missão aqui em Ribaué, para mim, está prestes a terminar.

Nesta hora só tenho graças a dar a Deus e a cada um/a de vós. Na verdade mesmo com os limites de saúde não precisei de abreviar o meu serviço missionário. Há já muito tempo que tinha pensado em fazer um ano sabático para retemperar as forças físicas, culturais e espirituais. Assim logo depois da Páscoa despeço-me de Ribaué e, no início de maio, espero chegar a Portugal. Primeiro cuidarei da saúde e depois ficarei, pelo menos um ano sabático na Europa. No fim se verá o futuro. Deus é grande e sempre nos surpreende no seu amor!!!

Desejo a todos/as que vivam a Quaresma e a Páscoa a transbordar de alegria como nos convida o Papa Francisco. Deixo-vos umas palavras de “rastos de vida” daqui em Ribaué com amizade e gratidão a todos/as sem excepção.

Vosso irmão Alberto Vieira.

Hoje visitei a comunidade de Saua-Saua. Há já muito tempo que o ancião não tem vindo buscar a reserva eucarística aos domingos.

Quando cheguei tinha pouca gente. Tinha havido a cerimónia do terceiro dia da morte de um vizinho da capela e outros tinham ido enterrar um outro defunto. Assim esperamos até às 9.00h para iniciar.

Depois de um encontro com alguns ministérios presentes celebramos a Missa.

No fim da celebração, como é habitual, dei tempo para interpelações da assembleia. Entretanto vi que o antigo catequista zonal, que não tinha estado no encontro dos ministérios antes da celebração, já se encontrava na capela. Perguntei-lhe informações acerca dos catecúmenos do seu grupo e ele não soube dizer argumentando que acabava de receber o grupo. O outro catequista tinha abandonado. Achei estranha a sua resposta. Na verdade em 2011 ele tinha tido um problema com uma outra mulher. Então sem saber porquê mandei a sua esposa levantar-se. Demorou um pouco mas vi-a presente e deixei. Voltei a dar espaço para perguntas quando a sua esposa se levanta de novo e me diz: “padre, eu demorei a levantar-me, quando o padre mandou que a sua esposa se levantasse, porque eu não sabia qual era a esposa que se devia levantar. É que o meu marido tem duas”. “Onde está a outra”, perguntei. “Está aí na frente, padre”. “Mandei-a levantar”. Então vi que ela tinha nos braços um filho dele, nascido em Outubro. Este era já o segundo. Afinal ele nunca tinha deixado a segunda mulher. Quando veio em 2011, juntamente com a esposa do casamento, ter com o padre e confessar-se disse que tudo tinha terminado. Afinal não era verdade.

Antes do regresso, como sempre, tivemos o almoço. Para além do animador de zona veio também comer com o padre o atual catequista zonal. Deram arroz, como é comum e, coisa rara, uma lata de atum. Expliquei, ao catequista zonal, o que era e como era boa comida. Ele admirado, provou, gostou e, comeu muito, pois nunca tinha comido atum.
É assim, aqui, a vida de Missão. Também deste modo se chega à Páscoa. Páscoa que Cristo oferece a todos, porque para isso saiu vitorioso do sepulcro. Aleluia!

Padre Alberto Vieira

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