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Coro dos Bombeiros preserva canções dos antepassados da Trofa (c/ vídeo)

No palco e na vida, o coro feminino da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários da Trofa não entoa apenas melodias, mas tece uma sinfonia de histórias de vida.

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No palco e na vida, o coro feminino da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários da Trofa não entoa apenas melodias, mas tece uma sinfonia de histórias de vida. Cada voz uma nota, cada canção um capítulo de experiências partilhadas.

O projeto, que nasceu há quase dois anos, na festa em honra de S. Pedro da Maganha, é um sonho de Fernando Costa, que, com um passado musical recheado, ambicionava assumir o papel de maestro.

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“Esta ideia nasce da minha vontade de preservar muitas cantigas, algumas das quais com mais de cem anos, que estavam completamente perdidas. O senhor Manuel Lima, que esteve muito anos no Brasil, tinha um extenso repertório que partilhou com um grupo coral masculino, que criou na Associação Cultura e Recreativa do Paranho. Só que aquilo acabou por morrer e eu, como gostava muito do repertório e como fazia parte da direção dos Bombeiros, pensei em criar um coro”, explicou o responsável, em entrevista ao JA.

Da coleção musical do coro fazem parte canções entoadas há duas gerações. Uma delas, “Ria de Aveiro”, não sendo identificativa da Trofa, faz parte da história do desenvolvimento do concelho. “Quando se estava a construir a linha estreita (de comboio), vieram muitas pessoas de Aveiro trabalhar e, à noite, reuniam-se e cantavam essa música. Algumas pessoas da Trofa ouviram e captaram-na”, explicou Fernando Costa.

Para os interessados em abrilhantar momentos com a participação do coro, está garantida “toda a disponibilidade”, desde que a agenda permita.

Para as 21 mulheres que integram o coro, este é mais do que um grupo musical, é um refúgio onde a idade se dissolve diante da paixão pela música, em que cada nota é uma lembrança da juventude e uma celebração da maturidade.

Nazaré Oliveira, reformada e residente de S. Martinho de Bougado, ingressou no grupo “há cerca de meio ano” e não podia fazer um balanço mais positivo da experiência. Além de “recordar canções antigas que estavam, praticamente, esquecidas”, considera “maravilhoso o convívio com as pessoas”. “Há uma música, ‘Cartas de Amor’, que me recorda os tempos de namoro, então volto àquele tempo e é tão bom recordar a nossa juventude, não é?”, atira.

Já Rosa Ribeiro, de Santiago de Bougado, sempre gostou de cantar, mas “já há muito tempo” que não o fazia. O destino encarregou-se de a colocar no coro feminino dos Bombeiros Voluntários da Trofa, onde, além de entoar músicas que cantava na infância, convive com um grupo de mulheres que “consegue dar-se bem, com a ajuda do maestro Fernando”.

“Esse é ideal para nós, o entretenimento para nos trazer vida, porque na nossa faixa etária, ela pode ser um pouco monótona”, sublinhou.

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