Ano 2006
Comemorar Abril é defender a Liberdade!
Ao comemorarmos a Revolução do 25 de Abril celebramos a luta heróica de resistência ao fascismo, a dedicação, o sacrifício e a coragem de gerações de mulheres e homens que durante 48 anos lutaram, muitas vezes com a própria vida, contra a ditadura.
Ao comemorarmos a Revolução de Abril, celebramos a valentia dos capitães de Abril que abriram portas à democracia; mas celebramos ainda o levantamento popular que na madrugada do dia 25 transformou o acto militar numa verdadeira revolução democrática.
E foi esta revolução que trouxe ao nosso povo a consolidação e construção da democracia e transformações económicas, sociais, políticas e civilizacionais que se traduziram em grandes conquistas dos trabalhadores e do povo.
Grandes conquistas com reflexos em todos os domínios da vida económica social e cultural das quais se destaca o direito à livre organização sindical, o direito de manifestação e o direito à greve, o aumento generalizado dos salários e a institucionalização do salário mínimo nacional, a criação de milhares de postos de trabalho e a criação do subsídio de desemprego; o aumento e alargamento das pensões de reforma, a proibição dos despedimentos sem justa causa, o alargamento do tempo de férias e o seu subsídio; o Serviço Nacional de Saúde geral e gratuito e a Segurança Social, a igualdade entre homens e mulheres, o fim do domínio da nossa economia pelos monopólios e a independência das colónias.
Todas estas conquistas foram consagradas na Constituição da República mas que as sucessivas revisões resultantes de pactos do PS com a direita foram eliminando, conduzindo à reposição dos velhos privilégios dos senhores do dinheiro, sempre em desfavor dos trabalhadores e daqueles que menos podem. Aliás, muitas destas conquistas ainda perduram porque a luta dos trabalhadores e do povo impediram que o PS, PSD e CDS fossem mais longe nos ataques à democracia.
São precisamente estes três partidos que têm alternado entre si nos governos do nosso país ao longo dos últimos trinta anos.
E são precisamente estes os responsáveis pelos sucessivos ataques às conquistas de Abril.
Abandonadas que foram muitas das promessas eleitorais do PS, o Governo tem em curso uma política que se tem traduzido no agravamento dos problemas nacionais, na criação de mais desigualdades e injustiças sociais, no aumento do desemprego, na degradação das condições de vida dos trabalhadores, dos reformados, dos pequenos e médios empresários.
Hoje temos a maior taxa de desemprego desde o 25 de Abril que tinge mais de 10% da população do país e cerca de 15% da população activa do concelho da Trofa.
Mas enquanto nós sentimos estas dificuldades na pele, é chocante que os bancos e as principais empresas cotadas na bolsa multipliquem os seus lucros e beneficiem de 20 empresas cotadas na Bolsa de Lisboa viram os seus lucros atingir em 2005 cerca de 5 mil milhões de euros, um aumento de 51% face a 2004.
Continuar o projecto libertador de Abril é também lutar contra a política de direita que os últimos governos têm concretizado. Defender Abril é colocar a defesa dos mais desfavorecidos em primeiro lugar. Dar corpo à revolução do cravos é dar corpo à Constituição da República Portuguesa!
Viva o 25 de Abril!
Viva a Liberdade!
Jaime Toga
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