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Ano 2009

CAT quer repetir “dobradinha”

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Depois de 18 jogos a vencer, o CAT prepara a segunda fase a pensar em conquistar as duas competições nacionais. Mesmo tendo conquistado tudo o que podia a nível nacional, Manuel Barbosa continua “motivado” a treinar o CAT e apesar das competições europeias serem aliciantes o técnico sabe que é difícil sonhar com uma nova participação.

 Uma primeira fase exemplar que fica na história do voleibol nacional. O Clube Académico da Trofa mantém-se invicto desde o início do campeonato e poucas equipas mostram argumentos para se bater contra as pupilas de Manuel Barbosa. A equipa trofense já não sabe o que é perder há 23 jogos consecutivos e desde o início do campeonato que não deixa nenhuma equipa impor-se. Terminou a primeira volta com 36 pontos e agora dá boas indicações para revalidar o título ou quem sabe, repetir a “dobradinha” da temporada passada.

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O balanço da primeira fase é positivo, não fosse a invencibilidade um feito conseguido por nenhuma equipa num passado recente. Em entrevista ao NT/TrofaTv, o treinador afirmou que a primeira fase foi “excelente a todos os níveis”. Os jogos “têm sido bons” e os objectivos “cumpridos” rumo à conquista de mais um título.

Com um histórico de títulos pouco habitual em clubes com poucos anos de existência, o CAT é uma equipa temida por todos e este ano a invencibilidade explica-se pela estabilidade da equipa, que sofreu poucas alterações face ao ano passado. Da época passada transitaram oito jogadoras “o que dá um maior conhecimento entre toda a gente e uma maneira de trabalhar que todos já conhecem”. A política de continuidade parece ser o factor que explica o que mudou no campeonato e que fez com que o CAT não tivesse ninguém à altura.

Mesmo tendo conquistado tudo o que podia a nível nacional, Manuel Barbosa continua “motivado” a treinar o CAT e apesar das competições europeias serem aliciantes o técnico sabe que é difícil sonhar com uma nova participação. A “conjuntura nacional e mundial não estão propícias a que se gaste dinheiro” e o clube “não pode hipotecar tudo o que tem apenas para marcar presença nessas competições”. “No entanto, se aparecerem patrocinadores é mais fácil participar”, avisou o técnico.

Sonhos à parte, o técnico prefere pensar apenas no campeonato e na Taça, os principais objectivos da equipa, também enunciados pela capitã de equipa. Sara revela que “não há segredo” que explique a excelente campanha no campeonato esta temporada, mas sim “muito treino” com um “bom conjunto” que entra em todos os jogos “com o mesmo objectivo que é ganhar”.

A capitã já conhece Manuel Barbosa há oito anos e conhece bem o trabalho desenvolvido pelo treinador, que às vezes não esconde o feitio rezingão. “Já estou habituada e isso faz parte. A cobrança que ele faz é boa, porque faz com que as jogadoras cresçam cada vez mais”, afirmou.

Como porta-voz da equipa, Sara não esconde o desejo de a equipa voltar a participar nas competições europeias, mas está ciente das dificuldades. “Já estamos conformados e agora só pensamos no campeonato e na Taça”.

E perspectivas para a segunda fase? “Espero que consigamos manter este ritmo. Sabemos que os jogos vão ser um pouco mais complicados, porque ficaram as seis primeiras equipas, mas vamos entrar sempre da mesma forma e treinar muito para obter a vitória que desejamos”, acrescentou a atleta.

A equipa regressa à competição a 15 de Fevereiro, na fase dos primeiros do campeonato, onde vai defrontar as primeiras cinco equipas classificadas e lutar por um lugar na final.

 

Voleibol feminino marginalizado em relação ao masculino

Jogos na televisão são raros, mas só no escalão feminino. O voleibol português tem mostrado que a diferença de géneros ainda é acentuada no desporto. “É pena que não dêem tanta atenção ao voleibol feminino. Se os jogos passassem mais vezes na televisão, havia mais pessoas para patrocinar as equipas e assim o voleibol feminino em Portugal poderia ser mais forte”, referiu Manuel Barbosa. O técnico afirma que é necessário que “tanto a comunicação social nacional, como a federação e outras entidades nacionais tenham outra postura” para que o voleibol feminino seja visto com outros olhos.

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