Crónicas e opinião
Cantinho da Saúde: A perda auditiva e a importância de estar atento aos sinais
A perda auditiva não está, somente, relacionada com a perfuração do tímpano ou à exposição a barulho intenso. Há algumas doenças que também a promovem.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) dedica 3 de março ao Dia Mundial da Audição, com o propósito de sensibilizar a população para a importância da saúde auditiva e promover medidas preventivas. Esta efeméride visa não apenas alertar para a deficiência auditiva, que pode afetar qualquer pessoa, mas também incentivar a inclusão de indivíduos que enfrentam desafios nessa área.
Os ouvidos são um órgão responsável pelo sentido de ouvir e pelo equilíbrio do corpo. É um sistema ósseo, composto por canais onde existem líquidos que estimulam as células sensoriais do equilíbrio e da audição.
A OMS revela que mais de 5% da população global, totalizando 466 milhões de pessoas, lida com uma deficiência auditiva incapacitante, incluindo 34 milhões de crianças. Além disso, estima-se que uma em cada quatro pessoas enfrentará algum tipo de perda auditiva até 2050.
Anualmente, a OMS escolhe um tema específico para sensibilizar a saúde auditiva onde destaca diferentes aspetos para precaver a perda auditiva.
Durante o Dia Mundial da Audição, são realizadas diversas atividades para alertar e educar as pessoas sobre os cuidados auditivos, prevenção e, acima de tudo, a importância do diagnóstico e tratamento antecipado de problemas auditivos.
Manter a saúde auditiva requer precauções, como adotar hábitos de vida saudáveis, incluindo uma alimentação equilibrada e exercícios físicos para garantir o bem-estar do corpo. Evitar ambientes ruidosos e exposição prolongada a ruídos altos é crucial. Profissionais sujeitos a poluição sonora são aconselhados a utilizar proteção auditiva como medida preventiva.
Existem alguns sintomas de perda auditiva a que devemos ter atenção, como escutar zumbidos constantemente; dificuldade em ouvir em ambientes cheios (restaurantes e shoppings), dificuldade de conversar em grupos muito grandes ou de ouvir sons do quotidiano ou dificuldade de ouvir sem observar o rosto de quem está a falar.
A perda auditiva não está, somente, relacionada com a perfuração do tímpano ou à exposição a barulho intenso. Há algumas doenças que também a promovem, como a otite, a doença de ménière, a otosclerose, o tinnitus, a ototoxicidade (medicamentos ou substâncias tóxicos para os ouvidos), neuroma acústico, entre outras.
No caso de suspeita, o melhor é consultar um especialista.
Íris Vaz/C.V.
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