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Edição 459

Boxe Solidário ajudou Cruz Vermelha (C/Video

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Alva Fight organizou na noite de sábado, 1 de fevereiro, a iniciativa Boxe Solidário, que juntou no recinto várias centenas de pessoas. 

O ringue estava montado e o público, aos poucos, foi-se juntando nas bancadas do Pavilhão Desportivo Dário Marques, em Alvarelhos, para assistir aos combates de boxe entre atletas do Alva Fight, Vitória Sport Clube, Lisboa Futebol Clube, Boavista Futebol Clube, Senhora da Hora, entre outros.

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Boxe Solidário foi organizado pelo Alva Fight, com o objetivo de ajudar a delegação da Trofa da Cruz Vermelha Portuguesa, através da angariação de bens alimentares e fundos monetários, e ao mesmo tempo impulsionar a modalidade. No total, foram angariados “341 euros” e “113 bens alimentares”, maioritariamente “massa, arroz, leite e bolachas”.

Segundo o responsável pelo Alva Fight, Igor Silva, a ideia de organizar esta iniciativa surgiu com o intuito de “desenvolver mais o desporto de combate na Trofa” de forma a “angariar atletas, público e futuros campeões de boxe e de outros desportos de combate”. Como tinha que “cobrar entrada”, Igor Silva optou por “dar a entrada a alguém”, tendo sido a delegação da Trofa da Cruz Vermelha Portuguesa (CVP) com quem teve “o primeiro contacto”. Uma gala que foi possível graças à ajuda do “senhor Tedim” e do Grupo Cultural Recreativo de Alvarelhos que “emprestou o pavilhão, pela gala ser solidária, não cobrando dinheiro nenhum”.

Para o vice-presidente da delegação da Trofa da CVP, Rui Fonseca, é “muito importante estas iniciativas”, que permite à instituição “ir mais longe” no sentido de “angariar aquilo que mais necessitamos para fazer o nosso trabalho no dia a dia”. “Foi com muita vontade e determinação que nos juntamos a este evento de carácter desportivo e com isto esperamos conseguir angariar alguns fundos para aquilo que é o nosso dia a dia na CVP”, acrescentou.

Rui Fonseca declarou ainda que “sem a ajuda de toda a gente é de todo impossível fazer bem o nosso trabalho”, pois “cada vez mais todos os dias” a CVP recebe pedidos de “ajuda”, tanto para “o refeitório social Porta de Sabores” como para os serviços “mensais, em termos de cabazes”.

Esta iniciativa serviu ainda para apresentar a equipa Alva Fight, que surgiu há cerca de oito meses na Trofa, nas instalações do Alva Center. O Alva Fight, segundo o responsável Igor Silva, é “uma academia de desportos de combate”, como “o boxe, o kickboxe, Jiu-jitsu e futuramente Mma”, onde treinam na “maior parte atletas de manutenção entre os dez anos e 50 anos”, tendo “alguns atletas de competição entre os 15 e os 18 anos”. A equipa está inscrita na Associação de Boxe do Porto e na Federação de Boxe.

Igor Silva, que já foi “atleta do Boavista” antes de ser treinador e abrir a escola, quer ver se leva “atletas ao campeonato da Europa e do Mundo”, mas, para isso, precisa de “trabalhar e ter apoios, o que é difícil”.

Pela equipa trofense participaram quatro atletas, sendo que para dois tratou-se da estreia, como foi o caso de Andrey Bondim. Para o atleta, o combate “podia ter corrido melhor” e estava à espera de “uma vitória”, o que não aconteceu. “Tenho que treinar mais agora para ver se no próximo combate é melhor”, afirmou, referindo que já treina a modalidade de boxe há “ano e meio”.

Já um habitué nestas andanças é Pedro Araújo, que, mesmo vencendo o combate, sublinhou que “poderia ter corrido melhor”. O gosto pela modalidade surgiu “numa tentativa de começar a praticar desporto”, tendo sido incentivado por “alguns colegas que também praticavam”.

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