Ano 2011
BIAL premiou olhar inovador sobre a doença de Alzheimer
Vencedores do Prémio Bial já são conhecidos. A empresa sediada na Trofa distingiu os melhores trabalhos a concurso em diversas áreas de saúde.
“O longo rastilho: AVC’s silenciosos e a traiçoeira doença de Alzheimer” é o título do trabalho vencedor do Grande Prémio BIAL de Medicina, um dos maiores a nível europeu, na área da saúde.
O trabalho em causa “aborda a relação entre os Acidentes Vasculares Cerebrais (AVC) e a doença de Alzheimer”. “O autor, Vladimir Hachinski, defende que as doenças, aparentemente distintas, têm muito em comum e revela que estas patologias não se adicionam, potenciam-se”, explicou fonte da empresa trofense.
O trabalho de investigação, vencedor do prémio no valor de 200 mil euros, “abre caminho a importantes perspectivas terapêuticas que poderão adicionar anos de cérebro saudável aos anos de vida da maioria dos doentes”. “O autor defende um plano preventivo, que assenta num maior rigor nos critérios de diagnóstico, e aponta soluções que permitem uma distinção mais precisa entre os défices cognitivos de memória (mais ligados à doença de Alzheimer) e os de função executiva (mais ligados aos AVC silenciosos)”, explicou a mesma fonte.
Nesta edição do prémio BIAL foram premiados cinco trabalhos inéditos “que estão na vanguarda da investigação científica mundial na área da saúde”. Para além do Grande Prémio BIAL de Medicina, foram também atribuídas quatro menções honrosas no valor de cinco mil euros.
Outro trabalho distinguido “procura desafiar a comunidade científica a criar um repositório de fármacos para uso clínico, tirando partido de êxitos passados relativamente à redescoberta de medicamentos”. A menção honrosa “Novos Usos para Fármacos já Usados” foi atribuída a um trabalho que procurou descobrir inibidores da malária e da angiogénese, úteis sob o ponto de vista clínico a partir de fármacos já existentes.
“O genoma humano em ação” é o título de outro trabalho distinguido com uma Menção Honrosa. Este estudo retrata os principais resultados do grupo de investigação liderado por Carmo Fonseca, diretora executiva do Instituto de Medicina Molecular.
A investigação efetuada a partir do tratamento da doença de Parkinson intitulada “Estimulação Cerebral Profunda: do tratamento da Doença de Parkinson a uma nova visão do funcionamento do cérebro” também foi distinguida. A investigação foi coordenada por Rui Vaz, diretor do Serviço de Neurocirurgia do Hospital S. João, Porto.
O tema da obesidade foi também distinguido na 14ª edição deste prémio através do trabalho coordenado por Isabel do Carmo “A Obesidade na Prática Clínica”.
Esta edição do prémio atribuído pela empresa farmacêutica recebe 63 candidaturas, provenientes de Portugal, Brasil, Canadá, Espanha, Estados Unidos, Itália, Peru e Reino Unido. O valor pecuniário atinge um total de 320 mil euros, o que o coloca entre os maiores prémios na área da saúde na Europa.
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