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Ano 2010

“Bailar” para ajudar a AUAUA

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Baile de Carnaval promovido pela Associação Um Animal Um Amigo teve como objectivo a angariação de fundos para a esterilização dos animais, acolhidos no Canil da Trofa. Concurso premiou os melhores mascarados.

Um saco de ração, uma lata de comida ou a simples compra de uma rifa. Mais de 100 pessoas fizeram deste gesto o seu contributo para ajudar a Associação Um Animal Um Amigo (AUAUA) no passado sábado. O espírito carnavalesco foi o pretexto para apelar à solidariedade dos trofenses e ajudar os animais acolhidos no Canil da Trofa.

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Com um concurso de máscaras integrado no programa da noite, o baile de Carnaval organizado pela AUAUA encheu de vida o Salão Nobre da Junta de Freguesia de S. Martinho de Bougado, num jogo de luz e cor reflectido nos fatos originais que miúdos e graúdos envergaram. Entre eles, os alunos da turma do 6ºB da Escola Professor Napoleão Sousa Marques que, no âmbito da disciplina da Área de Projecto, estão a elaborar um trabalho subordinado ao tema “Animais Abandonados”. Na apresentação do projecto, que serviu de introdução ao baile, os alunos referiram como ficaram “sensibilizados” ao conhecer de perto a realidade dos animais sem lar e lançaram o apelo para ajudar a diminuir os números de abandono.

Crianças, pais, membros e voluntários da AUAUA vestiram-se a rigor para festejar o Carnaval e, acima de tudo, unirem-se em prol de uma causa solidária: angariar fundos para a esterilização das cadelas, gatos e gatas, momentaneamente acolhidos no canil da Trofa. Apesar do aumento significativo do número de animais para adopção, Sílvia Coutinho, presidente da associação, lamenta a “situação complicada a nível financeiro”.

Aos apelos de esterilizar, adoptar e, sobretudo, de não abandonar os animais, Sílvia Coutinho acrescenta mais um, não menos importante. “Quero fazer um apelo às pessoas para terem mais civismo, porque não tratam os animais como deviam ser tratados. Somos um dos países da Europa que mais maltrata os animais e onde há mais abandono, apesar de sermos um país tão pequeno”, alerta.

Canil poderá ser ampliado

A cuidar, actualmente, de 72 cães e um gato, Fernando Silva, responsável pelo canil da Trofa, gostava de ver um projecto concretizado: ampliar o espaço do canil e construir novas divisões, para albergar mais animais abandonados. Fernando Silva já fez chegar essa pretensão à autarquia, com a qual já decorrem as negociações para, eventualmente, avançar com as obras. “Já ficou definido que os micro-chips serão todos financiados pela Câmara e eu terei melhores condições de trabalho, porque até hoje nem um laço tenho para apanhar os cães”, adiantou ao NT.

Com lotação esgotada, o crescente abandono é um problema acrescido para o canil da Trofa. Fernando Silva conhece melhor do que ninguém a rotina de quem, por algum motivo, se quer livrar do animal de estimação. “Continua a haver muito abandono, principalmente de pessoas que são da Maia, Porto e Matosinhos, que são zonas onde não se pode abandonar os animais e, por isso, aos fins-de-semana ao passarem por aqui, que é uma zona de muitos montes e muito verde, acabam por abandoná-los. À segunda-feira temos sempre muito que fazer”, explicou.

As entradas de animais no canil são sucessivas, até porque para os casos particulares de “acidentes, queixas da GNR e da Brisa ou de raças perigosas tem de haver sempre lugar para eles”, referiu Fernando Silva, acrescentando que “só em Janeiro foram acolhidos dez cães com dono que andavam perdidos, foram identificados e devolvidos aos proprietários”.

Para evitar as fugas dos animais de estimação, o canil/gatil da Trofa apela à população para redobrar a atenção nas datas festivas, durante as quais os animais costumam fugir, amedrontados pelos foguetes. “Os cães quando fogem por este motivo raramente voltam a casa, porque ficam desorientados” e para que isso não aconteça, o canil/gatil da Trofa e a AUAUA apelam à responsabilização de todos. “Os micro-chips são a melhor forma de identificar o animal perdido e de ele voltar o mais depressa possível para o seu dono”.

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