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Ano 2006

Avanços e recuos

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No passado mês ocorreu mais um atropelamento mortal na linha de caminho de ferro no centro da Trofa.

Mais um caso ocorrido numa travessia para peões que há muito deveria assegurar outras condições de segurança para a população. A população da cidade da Trofa, em particular a de S. Martinho de Bougado, tem bem presente as discussões ocorridas há seis ou sete anos sobre os vários projectos apresentados para resolver o problema do atravessamento do comboio na Trofa.

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jaimetoga.jpgOs trofenses lembram-se ainda das assembleias de freguesia com centenas de participantes, da sessão de esclarecimento no largo da estação e até da manifestação convocada por três partidos, na qual só o PS se escusou participar por mera táctica política.

Mas, se alguns fizerem um esforço até se lembram das preocupações referidas na altura com as questões urbanísticas e de segurança. Podemos até lembrar que rejeitamos os muros a dividir a cidade, com a mesma convicção que rejeitávamos uma situação provisória.

Alguns, como é o caso do presidente da Câmara da Trofa, até escreviam que o rebaixamento seria incontornável…

 

Passaram-se alguns anos e o que temos agora?

Agora, temos a electrificação provisória, temos os problemas de segurança acrescidos, temos silencio da parte de quem tem o poder. Um silencio cúmplice perante atrasos sucessivos.

 

São silêncios certamente envergonhados. Silêncios de quem escreveu que só admitia o rebaixamento e agora defende algo diferente.

Mas até nem é mal nenhum mudar de opinião, se muda para melhor. O que é mau é uma situação provisória arrastar-se durante anos sem que o fim se aviste próximo!

 

O envolvimento da população na discussão do futuro do concelho e das obras estruturantes para a Trofa não podem estar dependentes da situação interna do partido que governa a Câmara, nem podem estar dependentes das afinidades da Câmara com o Governo.

O futuro da Trofa tem que ser pensado com a população, independentemente de interesses de qualquer espécie. Por isso acho que a Câmara deveria desencadear um processo reivindicativo junto do Governo para que a situação da linha de caminho de ferro no centro da Trofa seja resolvida com a brevidade e a urgência que a situação merece.

 

Durante os governos do PSD a Câmara da Trofa esteve silenciosa, pode ser que agora que o governo voltou a ser do PS haja maior vontade reivindicativa da Câmara.

 

Uma coisa é certa, a população não conhece a evolução do processo de construção do desvio da linha de comboio. Há alguns anos que apenas ouve dizer algumas coisas… de concreto é que não há nada!

Será que a Câmara pode dizer quando é que é concluída a construção do traçado alternativo?

E as contrapartidas rodoviárias ainda se mantêm?

E o Metro avança mesmo para a Trofa durante esta década?

 

 

Jaime Toga

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