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Ano 2005

As presidenciais e a criação do concelho.

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Assinalamos este dias o sétimo aniversário da criação do concelho da Trofa. Na mesma altura os candidatos presidenciais desenvolvem a pré campanha e com ela a estratégia política que nuns casos tenta fazer esquecer o passado e noutros casos procura trazer para a discussão temas importantes do futuro do país.

O título deste texto pode provocar alguma estranheza nos leitores. Afinal, o quê que as presidenciais têm a ver com a criação do concelho? Pois… então aqui vai…

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Cavaco Silva foi Primeiro Ministro do país durante 10 anos, oito dos quais teve uma maioria absoluta de deputados do seu partido na Assembleia da República e nunca permitiu que fosse aprovada a criação do concelho da Trofa. Teve ainda o número dois do seu governo, o então ministro Fernando Nogueira, a dizer alto e bom som, que a Trofa nunca seria concelho!

Mas, o candidato Cavaco Silva até sabia que a Trofa existia e até se lembrou de nós quando resolveu enviar uma carga policial para a população trofense quando reclamava justiça desportiva em relação a uma situação que envolvia o Clube Desportivo Trofense.

Outro candidato, Mário Soares, também foi Primeiro Ministro e também não permitiu que durante o seu mandato estas oito freguesias fossem elevadas à condição de concelho. Pela idade avançada já não estava na Assembleia da República em 1998 quando foi votado o concelho, no entanto o seu “amigo” Manuel Alegre foi claro na posição contrária à criação do concelho. Motivos? Não conheço, se tiver coragem de passar pela Trofa pode ser que nos possa explicar porquê.

O candidato do BE em 1998 ainda andaria pelos radicais do PSR e sobre a Trofa, a criação do concelho ou as principais carências não se conhece nenhuma posição…

Quanto a Jerónimo de Sousa era, na altura da discussão das petições apresentadas pelos trofenses, membro da Comissão Política do PCP e nessa qualidade co-responsável pela decisão de apoiar a criação do concelho. Aliás, foi o Grupo Parlamentar do PCP o primeiro a formalizar junto da comissão promotora do concelho a sua posição favorável.

 

Podem dizer, com verdade, que a eleição do Presidente da República pouco terá a ver com o que se passou na Assembleia da República em 19 de Novembro de 1998, mas este exercício de memória poderá levar-nos a reavivar outras malfeitorias feitas por alguns protagonistas desta campanha.

Ou não acham que é importante saber que foi Cavaco Silva o responsável pelo aumento da idade da reforma das mulheres, pela lei dos despedimentos e pela tentativa de limitar o direito à greve?

A cantiguinha do “salvador das contas públicas” e do “homem das finanças para endireitar o país” já nós conhecemos em Portugal e sabemos muito bem qual foi o resultado para o país. Conhecer a História e ter memória também é fundamental nestas eleições.

Para que males maiores não nos aconteçam… Cavaco nunca mais!

 

Jaime Toga

 

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