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Ano 2010

AS ELEIÇÕES NO PS – Surpresa? Nem por isso

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em

afonsopaixao

As recentes eleições para a Comissão Política Concelhia do Partido Socialista da Trofa não trouxeram grandes surpresas.

 Com grande parte dos principais autarcas concentrados na Lista A, e com a onda de optimismo que percorre o PS da Trofa, depois da vitória nas Autárquicas, a Dra. Joana Lima, com a popularidade em alta, tinha as condições necessárias e suficientes para uma vitória inequívoca.

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A vida política funciona por ciclos e este é, claramente, um “ciclo Joana”

A Lista B, encabeçada pelo Dr. Luís Cameirão, era composta por muitos e bons socialistas com divergências com a actual liderança e que quiseram mostrar as suas posições, diferentes. O ciclo político era-lhes desfavorável.

Mesmo sabendo da mais que previsível derrota eleitoral (se é que se pode falar em vitórias e derrotas em processos de escolha), disponibilizaram-se a para se apresentarem como alternativa e isso não pode deixar de considerar-se positivo em termos de participação democrática.

Com o resultado obtido, a Dra Joana Lima tem todas as condições para um mandato tranquilo, quer na liderança do partido, quer na gestão autárquica.

A esmagadora maioria dos militantes que votaram conferiu-lhe um mandato com uma maioria muito significativa no órgão agora eleito e não me perece que os seus opositores sigam a via de “terra queimada”, sendo de esperar, se bem conheço as pessoas, um comportamento construtivo apesar das divergências que não há que esconder.

Assim sendo, a presidente pode concentrar-se na governação municipal, sem receios de lutas internas, sem prejuízo do dever de partilhar com os órgãos do Partido as grandes questões que interessam ao conselho e onde pode receber contributos valiosos.

A Lista B, dada a conjuntura, teve o resultado possível que, a meu ver, não é tão negativo como os números podem insinuar.

Com a euforia, que ainda não se esvaiu, e com o estado de graça, que ainda se mantém, em grande medida, a lista opositora, composta por muitos elementos de grande qualidade política e, até, técnica e humana, fez os possíveis para uma participação activa.

Acredito que, na génese desta candidatura da Lista B, ou como consequência da mesma, possa existir a intenção de lançar as sementes para votações futuras e, nesse sentido, possa ter sido uma iniciativa conseguida e cuja confirmação só poderá verificar-se daqui por dois anos. A verdade é que o Dr. Luís Cameirão, no universo dos militantes do PS, é hoje muito mais conhecido do que há duas ou três semanas atrás.

Daqui por dois anos, o ambiente político pode ser diferente: não haverá estado de graça e a euforia estará muito mais esvaída. Restará o mérito ou demérito da gestão autárquica que poderá ser decisiva para a confirmação dos resultados agora verificados ou para um menor apoio dos militantes.

Embora tenha estado presente numa iniciativa de campanha, não acompanhei de perto: Não me pareceu que a campanha tenha sido muito aguerrida, apesar deter acontecido uma ou outra afirmação mais contundente e que tem sempre a ver com o momento que se vive.

Com esta votação, atingiu-se anormalidade, em termos concelhios, estando para breve a eleição do Presidente da Federação do Porto e dos Delegados ao Congresso Distrital.

Nessa altura, teremos atingido o pleno da normalidade, podendo, os eleitos, dirigir o partido com o pensamento mais concentrado nos adversários exteriores.

 

 

Afonso Paixão

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