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Aos 31 anos, uma embolia pulmonar mudou a história de Pedro Azevedo

Vinte de março de 2023. Dia feliz para uns, dia mau para outros, para Pedro Azevedo será uma data, para sempre, marcada na memória.

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Vinte de março de 2023. Dia feliz para uns, dia mau para outros, para Pedro Azevedo será uma data, para sempre, marcada na memória. Com 31 anos, este homem saudável e sem qualquer registo clínico de relevo, sofreu um choque de realidade que mudou a sua vida “drasticamente”. Nesse dia, este trofense percebeu que ninguém está imune e que o Serviço Nacional de Saúde pode ser determinante.

Embolia pulmonar. “Eu nem sabia o que era. Nunca tinha ouvido a designação”, conta, em entrevista ao JA, sobre a complicação clínica que sofreu e que veio dando sinais uns dias antes, na forma de cansaço exponencial. “Em jeito de comparação, antes podia subir o Monte de S. Gens (na Trofa) e chegar ao topo sem estar ofegante. Na semana do problema, bastava caminhar do estacionamento da empresa até ao meu local de trabalho, uns 150 metros, e parecia que tinha feito um sprint. Ficava extremamente cansado e com a respiração muito acelerada. Já no domingo anterior, tinha sentido algo parecido, quando fui jogar ténis com uns amigos. Não aguentei mais que cinco minutos. Foi muito estranho, mas pensei que fosse uma constipação ou algo do género e o corpo estava a ressentir-se. Mas no dia a seguir, 19 de março, a meio do trabalho, comecei a ter uma pequena dor na zona do pulmão e dirigi-me ao posto médico da Trofa para uma consulta aberta, na qual o médico disse-me para me deslocar, imediatamente, a um hospital para fazer um raio-X. Assim fiz”, contou.

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Pedro deslocou-se ao Hospital Privado da Trofa e realizou o exame, cujo resultado “só sairia na quarta-feira a seguir (22 de março)”. Pedro Azevedo pensou, então, “que não devia ser nada de grave”. Foi para casa, mas “a dor persistia e aumentava a cada minuto que passava”. “Comecei a ter dores insuportáveis a respirar. Desloquei-me, de urgência, para Hospital da Trofa, eu e a minha mulher explicamos ao médico o que se estava a passar, fizeram-me análises, foram ver o resultado do raio-X e disseram-me que precisavam de fazer uma TAC para terem a certeza do que achavam do que se tratava. Foi aí que decidi ir para o Hospital de Famalicão, uma vez que o preço da TAC era muito elevado”, recordou.

Já no hospital público, esperou “cerca de 20 minutos” pelo atendimento e quando lhe mediam as tensões, perdeu os sentidos. “A partir desse momento, fui tratado com urgência”.

Pedro ficou internado durante 15 dias no Hospital de Famalicão. Os primeiros dias “foram muito complicados”, com “dores intensas”, mas a equipa médica merece grandes elogios. “Foi extraordinária. Recuperaram-me rapidamente”, conta o trofense. A embolia pulmonar revelou-se consequência de um problema genético, uma predisposição herdada dos pais para a formação de coágulos. “Tenho mais 30% de probabilidade de formar coágulos do que o normal”, explica.

A recuperação foi gradual, mas eficaz, graças aos cuidados médicos e ao acompanhamento contínuo que Pedro tem recebido desde então. “Agora faço análises de seis em seis meses e tomo uma medicação diária para manter o sangue fino”, afirma. O regresso à vida normal, incluindo à prática desportiva, foi possível, mas o medo de uma nova ocorrência permanece.

“Convivo com esse medo. Ganhei um problema de ansiedade que não tinha antes, mas, atualmente, está controlado”, admite.

A visão do mundo e da existência alterou, completamente, para Pedro Azevedo. Agora, encara a vida como “um jogo de probabilidades” e tem como mantra a famosa parte da ode de Horácio, “carpe diem”, aproveita cada dia.

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