Ano 2011
Ano Europeu do Voluntariado: “Em Ribaué todos conhecem a Trofa”
No âmbito do Ano Europeu do Voluntariado, o NT está a divulgar – ao longo do ano – algumas histórias de pessoas que fizeram ou fazem voluntariado, tentando descortinar o que motiva alguém a dar de si ao outro sem esperar nada em troca.
“Sou Alberto Vieira e tenho 25 anos, mais uns meses e dias, de padre. Na verdade foi no Verão que vivi as Bodas de Prata do sacerdócio com uma grande festa na minha terra. Porém já lá vão 30 anos que me consagrei para sempre à Missão como Missionário Comboniano. Deixei o emprego e trabalho pelas 18 horas de uma sexta-feira e entrei no seminário, em Coimbra, no dia seguinte. Não tive tempo a perder! Nasci e vivi até aos 24 anos
A primeira experiência missionária foi feita na zona onde me encontro de novo desde 2006 quando voltei de Portugal. Aqui cheguei à Missão de Iapala em 1989. Ainda ontem dizia aos jovens aqui do Lar, para quem celebrei a Missa como cada quinta-feira à noite, que cheguei a esta terra antes de todos eles e por isso mesmo sendo branco sou mais moçambicano que eles. Todos os meus jovens têm menos de 20 anos pelo que entre eles sou o mais velho.
Quando cá cheguei a primeira vez estávamos em guerra civil que só terminou nos finais de 1992. Então trabalhava em três distritos – Ribaué, Lalaua e Malema – e ainda dávamos apoio a Mecuburi, onde só estavam irmãs. Foi a mais linda experiência de fé e de Missão. Porquê? Porque com a guerra e a insegurança aprendemos a viver sempre no abandono
É nesta dimensão que surgem os sentimentos mais profundos de fazer parte da família comboniana
Hoje não se fala de Missões mas da Missão. O centro de tudo É Cristo. Ele é o protagonista da Missão. A Missão é única: fazer de todos os povos o povo de Deus que se concretiza no nosso mundo na fraternidade, na tolerância e aceitação da diversidade em tudo: na cultura, na aceitação dos valores dos outros, nas manifestações de fé… Dizer tudo isto é fácil…conviver assim e aceitar plenamente é difícil.
Neste Ano Internacional do Voluntariado afirma-se a importância de servir gratuitamente os outros, com gestos de solidariedade humana ou, mais e melhor ainda, para concretizar o mandamento do amor de Jesus.
Mas o voluntariado é bom e louvável ser vivido por algum tempo, algumas horas, algum mês como acontece no Verão com tantos jovens. O voluntariado é vivido entre nós e no meio de outros povos. Na Europa ou no mundo sobretudo nos países mais pobres…
Mas mais louvável ainda é o voluntariado por toda a vida. Nos tempos de sonho da juventude e no fim do romantismo da vida. Quando a vida está no auge e quando as forças começam a deixar-nos.
Parabéns então aos voluntários de hoje e de ontem. Aos que servem todos em todas as situações. Muitos mais parabéns aos que dedicam toda a sua vida servindo e gastando-se para criar um mundo novo, sem nunca perder a esperança, de que a força dos gestos de comunhão, transformam os corações. Assim como Cristo, o voluntário vai dando a vida, para que todos tenham Vida e Vida em abundância.”
P. Alberto Vieira em Ribaué, Moçambique
Ano Europeu do Voluntariado
Se conhece ou já viveu histórias de voluntariado, contacte o NT através do telefone 252 414 714 ou do email jornal@onoticiasdatrofa.pt.
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