Ano 2007
ANIVERSÁRIO DO CONCELHO – Valeu a pena
Passam-se agora nove anos da data da votação, na Assembleia da República, para a criação do concelho da Trofa.
Nessa data, ainda próxima, viveram-se dias de grande expectativa e de ansiedade.
Para alguns, tratava-se da concretização dum sonho acalentado durante muitos anos e que um conjuntura política propícia permitiu que tivesse realização. Com algumas décadas de atraso, acabou por ser reconhecida a dimensão da Trofa e a sua capacidade de iniciativa.
Para outros, foi a grande oportunidade de criar na Trofa uma nova centralidade, um novo polo de desenvolvimento e, também, a grande possibilidade de a Trofa se afirmar no panorama regional e nacional.
Não vale a pena deter-me demasiado tempo sobre as convicções de cada um sob pena de poder cometer injustiças e erros de apreciação que não estão nos meus objectivos.
A criação do concelho deu início a uma época de euforia em que muitos pensaram que todas as nossas carências se resolveriam num ápice. As poucas vozes realistas que sabiam que não seria tudo tão rápido e iam avisando para os erros cometidos então, não eram ouvidas.
A época de euforia já passou. Ainda bem. Não nos faz mal cairmos no mundo real em que tudo se consegue com esforço.
Mas, se nos passou a euforia, entrámos numa época de desilusão, que antecede a época em que o realismo virá à tona da água.
Na actual fase de desilusão, constatamos que, afinal, os problemas são para se resolver com esforço e não existe varinha mágica que substitua o trabalho e a programação. Alguns saíram de cena, aparecendo outros cuja passagem poderá ser efémera porque fruto de conjunturas.
A época do realismo ou da normalidade é a que mais nos interessa porque permitirá que se trabalhe com normalidade ainda que possam aparecer e desaparecer protagonistas, novos ou velhos.
Mas valeu a pena.
A Trofa é hoje um centro de decisão autárquica e dispõe já de serviços públicos de que não disporia se não fosse concelho.
Habituámo-nos rapidamente a conviver com a Conservatória do Registo Civil, da Conservatória do Registo Predial e Comercial, com o Cartório Notarial, agora privado, com o Julgado de Paz…
Estamos já habituados a termos a Câmara Municipal e já somos capazes de ver os erros cometidos, coisa impensável há alguns anos.
Mas, se nos habituámos ao que temos, não devemos acomodar-nos a isso.
Penso que, depois das indispensáveis infra-estruturas de água e saneamento, cuja conclusão se aproxima, e do estado adiantado da Piscina Municipal, está na hora de nos preocuparmos com um verdadeiro Centro Cívico para criarmos uma verdadeira centralidade que nunca tivemos. Será uma obra cara, não tenho dúvidas. Mas será das mais importantes pelo impacto que criará no centro da cidade, embora falte definir, com rigor a sua implantação.
Na fase de normalidade que nos aproximamos rapidamente, não podemos nem devemos deixar de ser exigentes para com os nossos autarcas e governantes.
Não podemos acomodar-nos com o pouco que temos. Precisamos urgentemente do Centro Cívico e das variantes às antigas estradas nacionais, essas sim, obras verdadeiramente estruturantes do concelho e da cidade e que nos permitirão um desenvolvimento económico, social e urbanístico mais acelerado à medida das nossas necessidades.
Será por esta via que poderemos continuar a dizer que valeu a pena criar o concelho da Trofa.
Afonso Paixão
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