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Ampliação da Creche dos Bombeiros da Trofa há 4 meses pronta e sem abrir

As famílias estão impacientes com a espera e a direção da Associação Humanitária continua à espera da “luz verde” para abrir as portas das novas salas

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Há quatro meses prontas e há quatro meses vazias. Nas três novas salas da creche da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários da Trofa, em vez do reboliço das 44 crianças admitidas, mantêm-se o silêncio, reflexo de um processo que aguarda o aval da Segurança Social para avançar. As famílias estão impacientes com a espera e a direção da Associação Humanitária continua à espera da “luz verde” para abrir as portas das novas salas, depois de ter concluído as obras de ampliação da valência, que já acolhe 40 crianças, atualmente.

A instituição tem mantido contacto com o Centro Regional de Segurança Social do Porto e outras entidades, mas até ao momento não obteve esclarecimentos sobre quando poderão abrir as novas salas. “Esta obra foi comparticipada pelo Plano de Recuperação e Resiliência e terminou com a última vistoria em outubro de 2024. No dia 18 de dezembro, recebemos o relatório final que valida a utilização, mas desde então estamos à espera para assinar a revisão do acordo de cooperação com a Segurança Social”, explicou Luís Elias, presidente da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários da Trofa, em entrevista ao NT.

Esta situação afeta não só as famílias que aguardam vaga para os seus filhos, mas também a sustentabilidade financeira da associação, que já contratou a maioria dos funcionários e mantém-se sem as receitas afetas à ampliação. “Já admitimos oito novas funcionárias e estimamos ter de admitir mais três. Entretanto, não temos as receitas correspondentes às 44 crianças e isso reflete-se nos resultados financeiros da Associação Humanitária, que por causa desta situação apresentou resultados negativos no ano 2024”, lamentou Luís Elias, alertando que este cenário pode comprometer a estabilidade da instituição.

E se dúvidas houvesse quanto à premência desta resposta social, a lista de espera da creche é elucidativa. “Já temos mais de 170 crianças em lista de espera, para lá das 44 já admitidas, o que demonstra a necessidade absoluta desta e de novas creches para dar resposta às necessidades da nossa comunidade”, frisou.

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Contactado, o Instituto da Segurança Social foi evasivo nos esclarecimentos e não avançou com nenhum horizonte temporal para a assinatura do novo acordo com a Associação Humanitária, nem para a abertura das novas salas da creche, referindo apenas que “o procedimento de resolução encontra-se, assim, em curso com o enquadramento de isenção de candidatura a PROCOOP (Programa de Celebração ou Alargamento de Acordos de Cooperação para o Desenvolvimento de Respostas Sociais) em 2025”.

“Até à revisão do acordo de cooperação, foi proposta à instituição celebrar uma adenda ao acordo de cooperação já existente, o que permite o aumento da capacidade da creche, podendo desta forma, a Instituição beneficiar da medida da gratuitidade para todas as crianças até ao limite da capacidade, enquadrando 84 crianças em vez das 40 existentes”, rematou.

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