Edição 579
Alvarelhos tem posto dos Correios na Junta (c/video)
Ventura Silva reside em Alvarelhos e não vai mais precisar de se deslocar ao centro da cidade da Trofa para tratar de assuntos relacionados com os Correios. Desde segunda-feira, 27 de junho, que no polo de Alvarelhos da Junta de Freguesia de Alvarelhos e Guidões funciona um posto dos CTT, que disponibiliza os mesmos serviços. “Desde a correspondência CTT Expresso a registos e correio visado, quer direcionado para empresas quer para o segmento individual”, explicou Virgínia Paulo, gestora da rede de postos dos CTT, que marcou presença na abertura oficial do posto em Alvarelhos.
Esta valência junta-se a outras que foram sendo instaladas naquele edifício, como o Espaço do Cidadão e até um terminal ATM (Multibanco).
Adelino Maia, presidente da Junta de Freguesia de Alvarelhos e Guidões, mostrou-se satisfeito por ter conseguido firmar a parceria com os CTT. “Ganhamos todos, principalmente, a população de Alvarelhos, Guidões, Muro e de outras freguesias vizinhas, que podem ser servidas por este posto”, sublinhou o autarca.
O atendimento será feito pelas funcionárias da Junta e o posto funcionará, em exclusivo, em Alvarelhos. Adelino Maia afirmou que “preferia que fosse possível” ter outro em Guidões, mas há falta de infraestruturas. “Se tivéssemos um edifício destes em Guidões já se faria lá tudo, em conjugação com Alvarelhos. Aqui, conseguimos articular com os CTT, porque temos instalações próprias”, explicou o autarca.
Para Ventura Silva, a instalação de um posto dos CTT na freguesia onde reside foi uma boa notícia. “Cada vez é mais difícil deslocarmo-nos ao centro da Trofa, porque há menos estacionamento, e ter aqui um posto dos correios é ótimo, principalmente para pessoas com mais idade. Já o Espaço do Cidadão veio dar uma grande ajuda. É uma mais-valia para Guidões e Alvarelhos”, defendeu.
Em Alvarelhos já existia um posto dos Correios, num estabelecimento comercial, mas não disponibilizava todos os serviços dos CTT.
Mesmo com mais valências à disposição da população, o presidente da Junta considera que “ainda falta muita coisa na freguesia”. O autarca não escondeu o agrado de ver um polo “da Polícia Municipal” a funcionar naquela parte do concelho.
Processo do Centro Comunitário “não está fácil”
Agora com tantos serviços disponíveis num só espaço, para Ventura Silva só faltava concluir o Centro Comunitário de Alvarelhos. O esqueleto do edifício, construído quase “paredes meias” com o polo da Junta de Freguesia, definha a cada ano que passa. As obras, que nasceram de uma parceria com a Mundos de Vida e com a autarquia, iniciaram em agosto de 2009 e foram suspensas em março de 2010 por alegada falta de financiamento. Este projeto já fez correr muita tinta, principalmente durante o período eleitoral em 2013, quando a direção do Centro Comunitário, liderada pelo ex-autarca de Alvarelhos Joaquim Oliveira, fez circular uma carta a acusar o antigo executivo camarário de não cumprir o pagamento de parte das prestações de um subsídio total de 600 mil euros. Na altura, o executivo municipal liderado por Joana Lima, considerou que a missiva continha “factos imprecisos e acusatórios”, justificando que “à data” não tinha entrado “qualquer pedido formal acompanhado do respetivo auto de medição, que permitisse aos técnicos da Divisão das Obras Municipais pronunciarem-se sobre o valor da obra, efetivamente executada, e qual a percentagem a cargo da Câmara Municipal da Trofa”.
Passaram-se quase três anos e a obra continuou suspensa. O atual executivo camarário, liderado por Sérgio Humberto, assume o projeto como “uma prioridade”, mas assume que a falta de financiamento, nomeadamente por parte “da Segurança Social” é um obstáculo. “Existe todo o empenho das pessoas que fazem parte do Centro Comunitário, da Junta de Freguesia e da Câmara Municipal em resolver este problema. A autarquia está disponível a transferir 420 mil euros que foram aprovados na altura (do mandato) do Dr. Bernardino (Vasconcelos)”, afirmou Sérgio Humberto, à margem da abertura do posto dos CTT, informando ainda que o caso até mereceu “uma denúncia à Polícia Judiciária” por “uma pessoa” pelo facto de “o atual executivo ter transferido 180 mil euros para o Centro Comunitário”.
O autarca reconheceu que “não está fácil” dar seguimento ao projeto, porque “há que garantir o financiamento da Segurança Social”, uma vez que “o dinheiro da Câmara e da Mundos de Vida não chega para concluir a obra”.
Convencido de que “as pessoas que estão à frente dos cargos estão empenhadas”, também Adelino Maia mostrou desejo de ver o projeto concluído e lançou o desafio: “Temos que tirar o casaco e arregaçar as mangas para que a obra se termine. Estou convencido que vamos conseguir”.
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