Edição 661
Alunos fazem STOP ao bullying (C/Vídeo)
“Não faças do telemóvel uma ameaça para não caíres em desgraça” ou “Não devemos julgar os outros pelas diferenças”. Estes são apenas dois dos muitos apelos espelhados nos trabalhos desenvolvidos pelos alunos do 6.º ano da Escola Básica de Castro, em Alvarelhos.
A exposição dos trabalhos surge numa ação do Trofa 3G – Motor de Oportunidades, dinamizada pela delegação da Trofa da Cruz Vermelha Portuguesa. Segundo a coordenadora Carla Lima, esta ação pretendia pôr todas as turmas do 6.º ano do Agrupamento de Escolas Coronado e Castro a abordar “os direitos das crianças” e a eleger “aquele que estaria a ser menos protegido”. E como “quase todas as turmas foram unânimes em falar sobre o bullying”, resolveram “criar estes trabalhos”. “O bullying é algo que os atormenta, porque acham que não estão a ser bem protegidos no âmbito escolar”, completou.
Cada aluno “deu opinião e deixou uma mensagem sobre como se podia prevenir esta problemática”, escrevendo numa mão e, posteriormente, colocando em quatro árvores. Já duas turmas do 6.º ano da Escola Básica e Secundária de Coronado e Castro apresentaram dois painéis de azulejos, onde desenharam os Direitos das Crianças e os Direitos Humanos. A mostra foi inaugurada na tarde de terça-feira, 20 de fevereiro, Dia da Justiça Social, depois de a temática ter sido abordada ao longo de cinco sessões por turma.
Para José Pedro Carvalho, aluno 6.º A1, foi “muito divertido” esta participação no projeto, porque teve oportunidade de falar “acerca da Cidadania, rir um pouco e aprender bastantes coisas” sobre o trabalho da Cruz Vermelha e de existir “muita gente a sofrer no mundo”. “Na escola temos muitos casos de bullying e de pessoas a sofrer por causa disso. Normalmente, os bullies (agressores) estão constantemente a ameaçar que não se deve contar a ninguém, mas devemos denunciar”, alertou.
Também Paola Tuerlinckx, aluna 6.º A1, considerou que “o bullying é muito mau e que não se devia tratar mal os colegas, nem fazer coisas más”. “Se virmos alguma coisa má a ocorrer na escola”, disse a aluna, “devemos avisar logo um professor ou um funcionário”.
Já para Lúcia Cruz, professora de Cidadania na Escola Básica de Castro, o projeto foi “muito interessante”, sendo que os jovens “fizeram trabalhos muito bons”, com “bastante imaginação” e “muito empenho nas tarefas”. Para a docente, a dinamização destas ações nas escolas “é importante”, porque “acaba por abrir um bocadinho os horizontes e os meninos também veem que podem aprender de outras formas” sem ser “só na escola”.
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