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Edição 589

Adiada reunião popular para discutir “luta” pelo metro

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A Junta de Freguesia vai realizar uma assembleia popular para decidir se a luta pelo metro continua.

Era para acontecer na noite de quinta-feira, 22 de setembro, mas acabou por ser adiada. A Junta de Freguesia do Muro quer, de novo, reunir a população do Muro para discutir o que fazer na reivindicação pelo metro e só não a fez na data prevista porque o executivo liderado por Carlos Martins quis saber “os resultados” de “uma reunião que o presidente da Câmara teve com o ministro e com o presidente da Metro do Porto na sexta-feira (9 de setembro). Na Assembleia de Freguesia de 20 de setembro, Carlos Martins deu conta de que ia reunir com Sérgio Humberto, presidente do executivo camarário, no dia seguinte, considerando que “seria prematuro” realizar a reunião popular sem saber “os resultados dessa reunião”.
Ficou por definir a data da reunião popular, que deverá ter lugar “no salão paroquial”, que tem mais espaço que o salão nobre da Junta de Freguesia. “Não vai ser a Junta de Freguesia que vai decidir os próximos passos a dar. Isso vai ficar nas mãos da população, que vai ditar se continuamos com a luta ou se a damos como encerrada”, afirmou Carlos Martins.
O autarca informou ainda que para a reunião a Junta vai convidar “o presidente da Câmara, os presidentes de todas as juntas de freguesia e os presidentes das comissões políticas concelhias de todos os partidos”.
Carlos Martins colocou como base para a discussão as últimas declarações públicas do ministro do Ambiente, Matos Fernandes, que, em entrevista ao Jornal de Notícias, colocou de parte a construção da linha do metro desde o ISMAI até ao Muro, sustentando-se com “um estudo” que concluiu que ia dar um prejuízo de “750 mil euros por ano”.
“Eu não estive com o ministro, mas gostava de lhe perguntar se a TAP, a Carris ou a Metro de Lisboa dão lucro. Não há uma empresa de transportes públicos no país que dê lucro e ainda assim há a velha questão de que nos tiraram o comboio e os carris com a promessa do metro e foram empurrando o assunto sem nenhuma contrapartida para a população”, asseverou.
E as declarações de Matos Fernandes chocam com o que, dias antes, tinha sido aprovado, por unanimidade, na Assembleia da República: um projeto de resolução do PCP que recomendava ao Governo o início da construção da linha do metro até 2017. “Das duas uma, ou na Assembleia da República estão 250 palhaços que lá andam ou os cerca de 20 do Governo é que são palhaços”, afiançou o autarca, que considera que “andam a enganar as pessoas”.

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