AC Bougadense eternizou nomes de sócios fundadores

No ano em que assinala cinco décadas de existência, o Atlético Clube Bougadense decidiu criar um espaço que eterniza o nome dos 24 sócios que fundaram a coletividade. A placa evocativa está colocada numa das paredes da secretaria do clube, no Parque de Jogos da Ribeira, em Santiago de Bougado.

Numa cerimónia simples, na tarde de sábado, 2 de setembro, o presidente da assembleia-geral do emblema, Filipe Reis, sublinhou o “simbolismo” do ato. “Este momento representa muito para o Atlético Clube Bougadense que, à sua dimensão, é um clube grande, que sabe reconhecer as pessoas que há meio século tiveram a audácia e o trabalho incansável de conseguir erguer um clube e colocá-lo ao serviço dos jovens da freguesia”, sublinhou o dirigente, que espera que os atuais elementos da direção “consigam ter a mesma visão e ambição dos sócios-fundadores e fazer crescer o clube”.

“Muito sensibilizado” com o ato, Júlio Cruz falou como sócio número um, mas também “em nome de todos os que sacrificaram, ao longo destes anos, principalmente dos cinco elementos que, há 50 anos, integraram a comissão organizativa”. “Além de mim, fizeram parte Adélio Serra, Adélio Sousa, Fernando Cerejo e Valdemar Monteiro”, evidenciou.

Criar o clube “até foi fácil”, reconheceu Júlio Cruz, que lembrou os obstáculos mais ambiciosos que se seguiram, como a garantia de um campo para a prática de futebol. “Como atuávamos na Distrital, tínhamos de ter terreno para os jogos e aí corremos a freguesia na procura do melhor lugar e encontramos este, que está entre as duas estradas nacionais. Só que tinha um charco e foi um trabalhão, com o transporte de muito entulho vindo de Mosteirô e Valdeirigo”, contou.
André Fernandes, presidente da direção do Bougadense, sublinhou a importância de “não esquecer o passado” e as figuras que tornaram possível que, hoje, “cerca de 200 atletas possam praticar desporto através do Bougadense”.