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Ano 2008

A CRISE DOS MERCADOS FINANCEIROS

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afonsopaixao

afonsopaixaoChegará aos bolsos do cidadão

Nos últimos dias, temos sido bombardeados por notícias que nos dão conta que existe uma crise de grandes dimensões no sistema financeiro internacional.

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Essa crise teve reflexos imediatos com algumas falências e outras quase-falências dalguns dos maiores bancos mundiais.

As Bolsas de Valores reflectiram, de imediato, essa crise nas acções cotadas, de tal modo que algumas cotações tiveram quedas próximas dos 50%.

Esta crise financeira irá, inevitavelmente, ter consequências na chamada “economia real” e, por consequência, no emprego e no poder de compra dos cidadãos.

Portugal, uma economia totalmente aberta ao exterior, sofrerá as consequências na sua plenitude. É de esperar reflexos sobre o emprego e sobre os salários. Salários em atraso pode ser um cenário a verificar-se com mais frequência do que a actual.

O final de 2008, e todo o ano de 2009, será, com muita probabilidade, uma fase a que teremos que nos habituar a conviver com mais dificuldades.

Esta crise nos mercados financeiros não apareceu de surpresa: já no Verão de 2007, havia bancos, sobretudo nos Estados Unidos, que começaram a ter grandes dificuldades de sobrevivência. Esses bancos apostaram, talvez excessivamente, nos créditos de risco elevado, o muito falado sub prime, e os clientes não tiveram capacidade para pagar as prestações.

Gerou-se um efeito de bola de neve porque esses riscos estavam já distribuídos por muitos bancos, na maior parte dos casos, em fundos de investimentos de grande rentabilidade, e gerou-se um efeito dominó.

A globalização trouxe rapidamente o problema para a Europa e começou a faltar dinheiro no mercado de tal modo que os bancos começaram a ter receios dos outros bancos e a recusar financiar-se uns aos outros, agravando essa falta de dinheiro.

As actuações dos Bancos Centrais e dos Governos, para minimizar os efeitos produziram alguns resultados mas receia-se que sejam insuficientes. A actuação do Governo português pareceu-ma acertada pela tranquilidade que procurou transmitir aos mercados e aos aforradores. As poupanças estão garantidas e as pessoas que têm o seu dinheiro depositado no banco podem ficar tranquilas.

A falta de dinheiro na economia está já a ter consequências nas empresas e nos particulares, que têm muitas mais dificuldades de financiamento.

A economia poderá ter um forte abrandamento e é possível que, com falta de trabalho, o desemprego aumente, agravando as dificuldades das famílias.

É tempo de prevenir. Não assumir muitos encargos será talvez a medida mais acertada para as nossas famílias. Àqueles que já têm encargos, talvez seja útil consultarem o seu banco para encontrar, antecipadamente, prazos mais alargados para que possam comportar as prestações e não entrarem em incumprimento.

Esperemos que não se confirme o pior dos cenários e a economia possa adaptar-se rapidamente. Prevenir para minimizar os efeitos, pode ser útil.

 

Afonso Paixão

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