Associação Humanitária “serve todos os munícipes sem excepção”

 A Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários da Trofa comemora 34 anos de existência. Pedro Ortiga é presidente da direcção e faz “balanço positivo” de um mandato que ainda não tem um ano.

Ainda não completou um ano de mandato na direcção, mas Pedro Ortiga conhece a Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários da Trofa (AHBVT) como a palma da sua mão. O facto de ter crescido no seio do corpo de bombeiros tornou-o mais sensível para perceber as necessidades prementes da instituição. Hoje, o presidente da AHBVT já conseguiu “tomar algumas medidas de fundo, não visíveis na população” que tornaram “bastante árduos” os meses que passaram desde a tomada de posse (4 de Janeiro de 2010).

Nas vésperas de comemorar os 34 anos da associação, Pedro Ortiga sabe que ainda “está longe daquilo que são as metas pretendidas”, mas faz um “balanço positivo” do trabalho inicial, desenvolvido “com o intuito de melhorar a forma de funcionamento da associação, com vista a uma maior eficácia e um padrão de qualidade ainda mais elevado naquilo que é o serviço aos seus utentes e beneficiários”.

“O facto de viver nesta associação há tantos anos e ter percorrido desde a base da hierarquia do corpo de bombeiros até à posição de responsabilidade que hoje tenho ao nível da direcção, dá-me o conhecimento, mas também a responsabilidade, que permite procurarmos soluções nas diferentes matérias, tendo presente, muitas vezes, as causas que as originam”, explicou.

O corpo de bombeiros constitui uma parcela importante na actividade da AHBVT, pois foi o fio condutor para o nascimento da instituição. Mas se em tempos idos o voluntariado não exigia o cumprimento de pressupostos de qualidade, hoje a realidade é bem diferente. “Mesmo aos voluntários é solicitado um padrão de qualidade quase ou até mesmo de profissionais. Não nos podemos afirmar como voluntários e com isto procurar a desculpa junto da população para aquilo que é a nossa actuação”, atestou Pedro Ortiga. A sensibilidade adquirida com a experiência na corporação ajudou o presidente da instituição “a conhecer algumas situações que tinham, efectivamente, que ser mudadas e a tentar descortinar, na base do diálogo e conhecimento mútuo, por onde é que se pode traçar o caminho e o futuro desta associação”.

“Os Bombeiros são um meio algo complexo, pelo facto de termos regimes de voluntariado e de assalariados que asseguram os serviços da associação”, explicou.

Importância de um sócio é muito maior que a quota anual

A AHBVT possui, actualmente, oito mil associados, dos quais 75 por cento tem as quotas regularizadas. A anualidade de 12 euros “não é uma verba significativa” e a importância de um sócio é muito maior que este valor, assegura Pedro Ortiga. “A atenção que um associado tem que ter para com a sua Associação deve ser maior e aí deve participar e colaborar a todos os níveis, não se ficando pela mera quotização anual que possa ter. Não é por acaso que temos o cuidado, de ainda agora no nosso aniversário, chamar os nossos sócios fundadores para estarem presentes”, frisou.

Pedro Ortiga evidenciou uma “vantagem” que existe na associação e que a distingue das outras: “Serve todos os munícipes sem excepção, não se restringindo aos seus associados”.

“O que pedimos em contrapartida é que a população sinta também essa necessidade de colaboração e possa fazer algo dentro daquilo que são as suas possibilidades”, acrescentou.

Mas não é só do corpo de bombeiros que vive a AHBVT. Na vertente social, a instituição tem ainda a creche e o jardim-de-infância a funcionar, com cerca de 104 crianças dos zero aos seis anos. “É uma vertente muito importante, em parceria com a Segurança Social e Ministério da Educação, para obtenção de um ensino de qualidade, e podermos garantir a tranquilidade dos pais que nos escolhem”, referiu Pedro Ortiga.

Comemorações do aniversário “na linha do que era no passado”

A AHBVT comemora 34 anos de serviço em prol da população. O aniversário vai ser assinalado no próximo domingo, 3 de Outubro, “muito em linha daquilo que já era no passado”, explicou Pedro Ortiga. A comemoração começa com o hastear das bandeiras e formatura do corpo de bombeiros, pelas 9.30 horas. Segue-se uma “romagem singela e simbólica” até à Rotunda do Bombeiro, para relembrar elementos já falecidos. A recepção às entidades convidadas está agendada para as 10 horas, seguindo-se a bênção e inauguração da nossa nova viatura que a corporação adquiriu recentemente. Este será, segundo o presidente da AHBVT, “um momento importante, fundamentalmente, para o corpo de bombeiros e para a associação enquanto reforço de equipamento que muitas necessidades já apresenta”.

Pelas 10.30 horas realiza-se a sessão solene, em que alguns membros da corporação serão homenageados, com distinções entregues pela Liga dos Bombeiros Portugueses, Autarquia e AHBVT. Segue-se, pelas 12.30 horas, o desfile apeado e motorizado junto ao quartel, que ” de forma simbólica dá a conhecer o que são as forças deste corpo de bombeiros”, explicou.

As comemorações, que decorrem em paralelo com as do Dia Municipal do Bombeiro, terminam com um almoço de confraternização, pelas 13 horas.