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Ano 2010

25 anos ao serviço da paróquia

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António Azevedo comemorou 25 anos ao serviço da paróquia de S. Martinho de Bougado como acólito. A homenagem partiu dos colegas, que prepararam tudo em segredo.

As tiras de pano colocadas no altar da Igreja Nova, em S. Martinho de Bougado, faziam referência a dois anos distintos – 1985 e 2010 – e aos “25 anos ao serviço da paróquia”. Foi apenas quando leu esta frase que António Azevedo se apercebeu de que iriam assinalar as Bodas de Prata do seu desempenho como acólito na paróquia na Eucaristia das 11 horas, no domingo. António Azevedo assumiu o lugar na missa como acólito, que apenas abandonou quando foi dar a Comunhão aos fiéis. “Não contava com isto. Só desconfiei quando vi as faixas, mas foi uma surpresa agradável”, contou. António tem 38 anos e há 25 que é acólito.

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Nas primeiras missas e “perante uma assembleia como a de S. Martinho, fica-se nervoso, mas com o passar do tempo os nervos desaparecem”. “Comecei porque queria saber mais e servir bem ao altar, porque é isso que nós acólitos fazemos”, asseverou. O serviço prestado pelos acólitos é importante: “Não somos perfeitos, mas tentamos, na nossa humildade, dar mais dignidade e solenidade às celebrações. Importante é, também, assinalar estas datas especiais, não só para António Azevedo, “mas sobretudo para todo o grupo”, que pode ver este acólito “como um exemplo” e os jovens podem “permanecer no grupo por muito tempo”. Ao longo dos anos, “aprende-se muito”, mas António defende que a aprendizagem é contínua: “Aprendemos mais, em busca da perfeição, porque cada celebração é única”.

Durante todo este tempo, António Azevedo garante que há histórias engraçadas, “até porque é um grupo unido, que ultrapassa as paredes da Igreja”, mas preferiu não contar nenhuma.

Paulo Martins, 22 anos, é acólito há 12. A sua entrada para o grupo “ficou a dever-se muito ao António”, que sempre o incentivou. Paulo acredita que acolitar “é um dos serviços litúrgicos mais bonitos que pode haver”. Este jovem acólito ajuda António a coordenar o grupo e é um dos que melhor o conhece: “É um colega fantástico, tem o dom da responsabilidade e da calma e, fora destas portas (da Igreja), é um verdadeiro amigo. No grupo, também o é, mas é uma amizade que vai além do grupo de acólitos”.

Volvida mais de uma década de amizade, foi de Paulo Martins que partiu a organização da homenagem. Depois do aniversário de António Azevedo, a mãe falou com o amigo Paulo, explicando que o ano de 2010 marcava as Bodas de Prata do filho como acólito. A partir daí, o grupo trabalhou para organizar a homenagem, sem que António Azevedo desconfiasse de nada. “É importante assinalar este tipo de datas, porque é um acontecimento raro, pois são poucos os que fazem parte do grupo durante tanto tempo”, frisou Paulo Martins.

Na preparação, nem a presença de um amigo muito especial foi esquecida: D. Zacarias Kamwenho, Arcebispo de Lugambo, celebrou a Eucaristia, com o pároco Luciano Lagoa, e, no final, falou do acólito que conhece há cerca de 20 anos e de quem é amigo. “Eu conheço o António há muito tempo e quando me contaram que ele iria comemorar 25 anos de serviço, disponibilizei-me para estar presente”, declarou. O Bispo enfatizou a importância de assinalar um momento como este, pois “esta é uma época em que os jovens gostam de mudar e não permanecem no mesmo serviço durante tanto tempo”.

Antes do final da missa, os acólitos ofereceram uma lembrança a António Azevedo: uma batina nova, para que o coordenador do grupo continue a fazer o serviço que iniciou há um quarto de século.

Luciano Lagoa, pároco de S. Martinho de Bougado, reconheceu que 25 anos “é um número raro” para celebrar como acólito. “Normalmente, os acólitos começam novinhos e depois quando chega uma determinada altura acabam por sair. Este é o percurso normal”, explicou. Ainda assim, o padre acredita que esta é uma realidade que “está a mudar”. “O serviço do altar tem de ser encarado de outra forma, não propriamente para os meninos, mas para jovens ou adultos que saibam o que estão a fazer e saibam dignificar a Eucaristia”, referiu. “Com exemplos como o António”, Luciano Lagoa acredita que vão conseguir.

O padre garante que “toda a gente de S. Martinho conhece o António” e que “ele sempre assumiu as suas responsabilidades como chefe dos acólitos, dando-lhes formação”. “É uma pessoa responsável, capaz de dinamizar este grupo de jovens, que, como qualquer outro movimento de juventude, tem a sua maneira de ser, que é preciso respeitar e potencializar”.

O pároco reconhece que “os acólitos são fundamentais na celebração”. “Quando uma Eucaristia não tem acólitos, sente-se a falta de alguma coisa, a celebração não fica tão dignificada. É uma questão de servir a Deus e, para Ele, tem de ser o melhor, não podemos estar com meias medidas, logo, tudo o que seja para dignificar a celebração deve ser feito o melhor possível”, destacou.

O Grupo de Acólitos da Trofa conta com cerca de 25 elementos activos. Para encontrar mais informação sobre o grupo, pode visitar o blogue www.acolitosdatrofa.blogspot.com.

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