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Ano 2010

Três anos com carro novo apreendido

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Três anos é o tempo que Fernando Pereira poderia ter usufruído do seu Peugeot 206 cinzento, um carro económico e moderno. No entanto, o destino pregou-lhe uma partida…

Em Junho de 2007, Fernando Pereira comprou um automóvel, num stand em Landim, no concelho de Vila Nova de Famalicão. O carro, um Peugeot 206, deixou o jovem contente com a aquisição.

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No entanto, esta história igual a muitas outras, depressa sofreu uma reviravolta.

Depois de um problema mecânico ter obrigado Fernando a levar o carro para uma oficina, foi contactado pela Polícia Judiciária para comparecer nas suas instalações em Braga. Já na cidade bracarense, disseram-lhe que o seu carro tinha sido viciado, o que significa que os elementos identificadores (número de chassis e matrícula) tinham sido adulterados. Fernando Pereira nem queria acreditar que o seu novo carro era ilegal. Acompanhado por dois inspectores da PJ, Fernando deslocou-se ao stand para pedir esclarecimentos ao vendedor. A sua estupefacção só diminuiu quando o referido vendedor assumiu a venda do carro: “Fiquei mais sossegado, porque pensei que o problema estaria resolvido”. Puro engano. Depois de notificarem o comerciante, os agentes da autoridade deixaram o local. Sozinho com o vendedor, Fernando “não quis acreditar” quando este “negou” a venda do Peugeot 206.

Este emaranhado de versões sobre a venda do mesmo automóvel deu origem a dois processos judiciais: um em Braga (referente à viciação de automóveis) e outro em Vila Nova de Famalicão, em que Fernando Pereira pretende provar que comprou o seu carro no stand e ao vendedor em questão.

“Como é que é possível um indivíduo assim continuar com as portas abertas?” é a questão levantada pelo jovem trofense.

O problema arrasta-se há três anos e o carro está apreendido pela PJ, pelo que não pode circular. Como Fernando Pereira não tem garagem, o automóvel está parado na via pública, junto a sua casa. Recentemente, foi contactado pela Polícia Municipal, que pretende que o carro seja removido do local, caso contrário Fernando será multado. Sem poder circular com o carro e sem garagem para o guardar, Fernando garante estar “amarrado por todos os cantos”.

Mas a história não acaba aqui. Fernando recusa-se a pagar a mensalidade do automóvel ao banco, enquanto a situação não estiver resolvida: “Já apareceram em minha casa para apreender bens, mas os oficiais que vieram não sabiam que o carro já tinha sido apreendido, mas pela PJ”.

Fernando contou a sua história na tentativa de chamar a atenção para o seu caso, mas também porque “isto tem de ser público. O dono do stand está a ser ladrão pois, pode não ser culpado de viciar o carro, mas não resolve o problema”.

O NT tentou sem sucesso contactar o proprietário do stand. No estabelecimento, a funcionária que atendeu disse apenas que o responsável “estava de férias”.

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