Ano 2010
Festival da Canção anima Parque
O Festival da Canção da Trofa assinalou o início das Festas de Nossa Senhora das Dores. Artistas das oito freguesias do concelho sobem ao palco para mostrarem o que valem até ao dia 13 de Agosto.
A primeira voz a fazer-se ouvir no Parque Nossa Senhora das Dores foi a de Ana Costa, que interpretou o tema “Todas as ruas do amor”, do grupo Flor de Lis. Antes do espectáculo começar, o NT/TrofaTv teve a oportunidade de falar com a jovem de 15 anos que “sempre” gostou de cantar: “É uma das minhas paixões”. Ana acredita que “devia haver mais iniciativas como o Festival da Canção da Trofa”, que começou na segunda-feira e que vai prolongar-se até ao dia 13 Agosto, altura em que acontecerá a final, com um cantor representante de cada freguesia.
Na primeira noite, a vitória sorriu às irmãs Sílvia e Elisabete, que começaram com o tema “A Paixão”, de Rui Veloso. As jovens de Alvarelhos ficaram assim mais próximas do prémio final de mil euros, que vai ser entregue ao vencedor do Festival. Este foi também um presente especial para Sílvia que completou neste dia 17 anos. Para além destas jovens, participaram também Ana Sofia Ferreira, Joana Maia, João Moreira e Soraia Reis.
Joaquim Oliveira, presidente da Junta de Freguesia de Alvarelhos, esteve presente para apoiar os artistas da sua terra. O autarca já conhecia a maioria dos jovens que pisou o palco do Festival da Canção da Trofa e ao NT/TrofaTv garantiu não estar admirado com as actuações da noite, porque a freguesia “tem valores humanos e artísticos capazes de surpreender, mas apenas as pessoas que não são de Alvarelhos, pois os locais sabem que há muito valor escondido”. Joaquim Oliveira confidenciou, ainda, que “já se fala pelos corredores que Alvarelhos é que vai ganhar”, mas não quis lançar os foguetes antes de terminar a festa, pois, “quem deve ganhar é o artista com mais talento e o resultado deve ser aceite, quer seja alguém da terra ou não”. “O que interessa é que estes valores despontem e lhes seja dada uma oportunidade”, afirmou.
Maria do Rosário Castro é do Muro e na segunda-feira fez questão de assistir ao início do Festival da Canção “para ver se a freguesia do Muro não fica atrás de Alvarelhos”, confessou em tom de brincadeira. Esta iniciativa é também uma forma de fomentar a competição saudável entre as freguesias trofenses. Maria Ferreira também é murense e vai actuar no dia destinado à sua freguesia. Na segunda-feira, esteve no Parque Nossa Senhora das Dores para “perceber como é que o evento se vai desenrolar”.
O marido de Elisabete Maia é um dos 27 elementos que compõem o júri do festival. No meio do público e ainda antes de começar o espectáculo, Elisabete defendeu que é “muito importante promoverem a cultura e a arte, sendo que a música é uma arte”. “Devemos respeitar e valorizar este género de iniciativas, que divulga os valores que existem no concelho”, reiterou.
No dia seguinte, terça-feira, foi a vez dos artistas de Covelas mostrarem o seu talento. As vozes de Ana Rita Silva, Carla Daniela Marques, Jorge Gomes e Maria Alexandrina Rocha ecoaram no Parque Nossa Senhora das Dores. A vencedora da noite foi Carla Daniela Marques, que se junta, assim, às jovens de Alvarelhos na luta pelo prémio final.
Com o espaço junto à Capela de Nossa Senhora das Dores cheio, Manuel Dias, presidente da Comissão de Festas, mostrou-se “satisfeito com a afluência do público”. Este é o primeiro ano que se promove uma iniciativa como o Festival da Canção na Trofa e as expectativas são “muito elevadas”. Este trofense acredita que “tudo vai correr bem”, até porque todos ficam a lucrar: “ganha o concelho e ganha a comissão de festas”.
De acordo com o regulamento do festival, as freguesias poderiam apresentar um máximo de oito concorrentes com mais de seis anos de idade, no entanto, lamentou Manuel Dias, “nem todas conseguiram esse número de participações”. O presidente da comissão gostava que “as pessoas não tivessem medo de subir ao palco”, uma vez que “há talentos escondidos na Trofa”. O responsável aproveitou, ainda, a oportunidade, para enaltecer o trabalho desenvolvido por dois membros da comissão de festas – Isabel Loureiro e António Sousa – que “foram muito importantes para a realização do festival”.
Manuel Dias espera que no futuro o Festival da Canção da Trofa continue a ser uma realidade e até sugere que “os próximos se realizassem noutras freguesias do concelho, porque as pessoas iam perdendo o receio de participar”.
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