Juventude Sem Fronteiras do Muro: “Estar onde a nossa presença possa ser uma ajuda”

Juventude Sem Fronteiras do Muro existe há mais de uma década e divide o seu trabalho entre as actividades religiosas e culturais.

Álvaro Pedro Silva é o animador (cargo equivalente ao presidente) da Juventude Sem Fronteiras do Muro há quatro anos e ao NT falou da história do grupo e dos projectos para o futuro.

Com 14 anos de existência, o grupo conta actualmente com 20 elementos, que reúnem quinzenalmente, embora, garante o jovem, estejam “juntos todas as semanas”, uma vez que uma das actividades é a solenização da Eucaristia de sábado.

Entre as várias actividades que os jovens desenvolvem ao longo do ano, o destaque vai para as de vertente cultural, pois são “talvez as mais trabalhosas”. “As pessoas gostam, elogiam-nos pelo trabalho que fazemos e acham importante”, garante Álvaro Pedro referindo-se aos concertos que o grupo promove. Apesar disso, o jovem defende que a vertente religiosa do grupo é “a parte mais importante, pois foi com esse intuito que o grupo nasceu”. A nova geração de jovens “não estará tão voltada” para as acções de cariz religioso, pois “gostam menos de compromissos”. “Preferem a parte das relações pessoais”, assegura o animador, sublinhando que os jovens “não estão a receber nada em termos monetários”, embora “recebam em crescimento e experiência”.

Outra iniciativa do grupo é a participação nas festas de S. Cristovão e S. Pantaleão, nas quais têm aberto um bar. “É a forma de conseguir fundos para outras actividades”, explicou Álvaro Pedro.

A Juventude Sem Fronteiras do Muro está inserida no Giofrater, “um movimento de jovens e para jovens, que segue o caminho de Francisco de Assis até Jesus, lado a lado com as Irmãs Franciscanas de Nossa Senhora”. Esta união aos princípios defendidos pelos seguidores de S. Francisco fornece também o lema do grupo: “Estar onde a nossa presença possa ser uma ajuda”. Álvaro Pedro Silva acredita que “é importante conhecer outras pessoas, outros sítios e outras realidades”. Através do Giofrater, os jovens do Muro têm essa possibilidade: “Percorremos o país de uma ponta à outra e já fomos a Itália conhecer Assis, a cidade de origem de S. Francisco, e Roma”, contou o jovem.

Este grupo já participou várias vezes na ExpoTrofa, sendo um dos responsáveis pela animação da noite do Muro no certame. O convite da Junta de Freguesia é, também, “o reconhecimento do trabalho desenvolvido” pelos jovens.

No futuro, o grupo espera “tentar levar o lema mais além e cada vez melhor”, ao mesmo tempo que gostava de encontrar um espaço próprio, onde fosse possível guardar as suas coisas: “Um espaço só nosso”, referiu Álvaro Pedro.