Ano 2010
Cavaco e Sócrates em Queda
O Presidente da República, Cavaco Silva, que já está em pré-campanha eleitoral para as presidenciais, soube aproveitar-se da visita do Papa com toda a gigantesca transmissão televisiva, e mostrar-se um fervoroso católico, para poucas horas depois da saída do Papa do nosso país, promulgar o diploma que legaliza o casamento entre homossexuais, afirmando que «todas as decisões que toma são de acordo com os superiores interesses nacionais».
Embora discordando do diploma, Cavaco referiu que «há momentos na vida de um país em que a ética da responsabilidade tem de ser colocada acima das convicções pessoais de cada um».
Quem votou em Cavaco Silva, ao ouvir os seus argumentos de «superiores interesses nacionais» e de que «a ética da responsabilidade tem de ser colocada acima das convicções pessoais», só pode fazer uma afirmação condizente com a do Cardeal Patriarca, D. José Policarpo, que lamentou tal facto e mostra-se convicto de que se tivesse vetado a lei, Cavaco «ganhava as eleições presidenciais do próximo ano».
O Povo também tem ética e responsabilidade, e na hora de votar vai lembrar-se de quem recebeu o seu voto e não o mereceu!
Por falar em voto, e em perda de popularidade, o Primeiro-Ministro, José Sócrates, continua a afundar-se, em termos de popularidade, e a afundar o país em termos económicos e sociais, mas permanece fiel a si próprio: continua a discordar daqueles que dizem que o país caminha para a sua maior crise de sempre.
Nos últimos 15 anos, 12 anos foram de governação socialista, e os últimos 5 anos foram de governação de José Sócrates, e os resultados desta longa noite socialista estão aí: incapacidade crónica para crescer a uma média europeia; destruição de quase todo o tecido empresarial; défice incontrolável; dívida incontinente (aumentou a dívida pública de 6 por cento para 90 por cento); aumento assustador do desemprego (passou de uma taxa de 2,5 por cento para quase 11 por cento), etc. etc. etc.
Perante este cenário temeroso, em que Portugal mais se afunda cada dia que passa, José Sócrates na sua inesgotável retórica permanece fiel a si próprio e afirma que tudo isto é invenção de uns malfeitores que não gostam dele e que Portugal está bem, comparativamente a outros países (talvez o Burundi ou o Burkina Faso).
A tormenta que Portugal está a viver em 2010, não resulta só da crise internacional de 2008-2010, mas sim da silenciosa crise portuguesa que começou a emergir em 1999, no Governo de António Guterres. Toda a retórica de José Sócrates, não pode iludir este facto: nestes últimos dez anos, Portugal saiu da rota de convergência com a Europa; na última década, a Europa e o Mundo conheceram um crescimento ímpar, mas Portugal passou ao lado dessa prosperidade. Aliás, Portugal está a atravessar o período mais negro da sua economia. Estamos a perder a nossa soberania económica.
É neste quadro político, que Cavaco Silva e José Sócrates se têm movimentado, e perdido popularidade. É de crer também, que em próximos actos eleitorais, votar de novo nestes governantes, só se os portugueses bateram com a cabeça em algum lado e ficaram “tontos de vez”.
José Maria Moreira da Silva
moreira.da.silva@sapo.pt
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