Ano 2007
Novo modelo de gestão para o Metro
A Junta Metropolitana do Porto (JMP) considerou que o actual modelo de gestão do Metro do Porto é o melhor, mas admitiu a sua alteração, caso o governo aceite assinar um contrato de investimento para expansão da rede.
Há margem da reunião da AMAVE, que decorreu na Trofa Bernardino Vasconcelos reagiu à noticia afirmando que "a duplicação da Linha da Trofa saiu do esquecimento".
"No limite, há um consenso entre os autarcas segundo o qual o modelo de gestão passa a ser discutível. O avanço da obra é que não", disse o presidente da JMP, Rui Rio, que considerou fundamental a construção célere das linhas de Gondomar e da Boavista, o prolongamento a Laborim (Gaia) e a duplicação da linha da Trofa.
O autarca falava aos jornalistas no final de uma reunião da JMP que durou quase quatro horas e foi dominada por um debate em torno do futuro do metro.
Rui Rio revelou que a JMP vai apresentar ao governo, no espaço máximo de um mês, a sua contraproposta para o modelo de gestão, financiamento e cronograma das futuras obras do metro.
Em concreto, a JMP vai propor a celebração de um contrato de investimento com o Governo que defina, com rigor, todas as obrigações das partes.
A contraproposta dos autarcas surge na sequência de uma reunião, que mantiveram na penúltima quinta-feira com o ministro das Obras Públicas, durante a qual Mário Lino questionou o actual modelo de gestão e apresentou um novo calendário de obras
Rui Rio confirmou que o Governo quer passar a controlar a empresa, actualmente detida em 60 por cento pela JMP, mas não adiantou o calendário de obras proposto pelo ministro.
Na avaliação de Rui Rio, a construção e conclusão das quatro linhas tidas como prioritárias não está condicionada por razões financeiras já que, como assinalou, o investimento necessário é de 800 milhões de euros.
"É apenas dez por cento do que o Quadro de Referência Estratégica Nacional prevê para o Norte do país", frisou.
Em defesa do actual modelo da empresa, o presidente da JMP disse que, "independentemente do que vai acontecer, funcionou".
Ao contrário, "enquanto não houve participação dos autarcas na gestão, durante cerca de uma década, o metro não saiu do sítio e foi alvo de chacota de muita gente", acrescentou.
O modelo de gestão actual, salientou Rio, também "nunca impediu" o papel decisivo que o governo reclama nas grandes decisões relativas ao Metro, "tendo em conta que é ele que paga ou canaliza os fundos comunitários".
No actual modelo, "a única coisa em que o governo não manda é na gestão quotidiana e foi justamente aí que a presença dos autarcas se revelou decisiva. A pressão que exerceram sobre a comissão executiva levou a que o projecto fosse andando mais depressa", frisou o autarca do Porto.
Bernardino Vasconcelos reagiu
O presidente da Camara Municipal da Trofa, Bernardino Vasconcelos reagiu às ultimas noticias relativas à construção só em 2009 da duplicação da linha de metro até à Trofa. O autarca trofense salientou a "inversão de posição por parte do Governo que passou de uma situação de não construção até à situação actual, em que a construção da linha do metro em via dupla até à Trofa é uma realidade."
Vasconcelos garantiu que " conseguimos retirar do esquecimento a construção da linha do metro até à Trofa, no âmbito da primeira fase, puseram-na em cima da mesa através de um conjunto de influências e apoios, e quero realçar o apoio da própria AMAVE, reforçando a necessidade da construção da linha do metro, como uma acessibilidade de carácter mais regional" concluiu.
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