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Escolha da concelhia da Trofa terá gerado “intenso desconforto dentro do partido”

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A escolha do candidato do PSD à Câmara Municipal da Trofa está a gerar um intenso desconforto dentro do partido, com fontes da distrital do Porto a revelarem ao Jornal de Notícias que a votação foi realizada sem a aprovação dos órgãos superiores da formação política e contrariando as diretivas nacionais. A Comissão Política Concelhia (CPC) tinha afirmado, num comunicado enviado nesta sexta-feira, que o processo de escolha do candidato seria “intocável”, respeitando as normas internas do partido, mas a situação levanta questões sobre o cumprimento das orientações do partido.

A eleição de Sérgio Araújo, vereador da Trofa, para candidato à Câmara, em detrimento do atual presidente, António Azevedo, não agradou nem à distrital nem à liderança nacional do PSD. A escolha está agora a ser analisada pela distrital, que poderá eventualmente revogar a decisão, não ratificando a votação. A mesma fonte sublinhou que houve “precipitação” por parte da Concelhia ao levar a votação o nome de Araújo, sem considerar a continuidade de Azevedo, o atual presidente da Câmara Municipal.

António Azevedo, que lidera a câmara desde julho do ano passado, após a saída de Sérgio Humberto para o Parlamento Europeu, anunciou que avançará como candidato independente às autárquicas, depois de ter visto a sua candidatura rejeitada pela Concelhia do PSD. O anúncio foi feito na noite desta quinta-feira, durante a assembleia de secção do partido.

A votação em questão aconteceu num contexto tenso, logo após o Governo de Luís Montenegro ter caído, e uma semana depois de a Comissão Nacional do partido ter suspendido uma votação previamente marcada. Na reunião da CPC da Trofa, Sérgio Araújo venceu com 12 votos, contra apenas dois de António Azevedo, o que aprofundou a divisão interna dentro do partido.

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Esta disputa está a dividir o PSD Trofa, e o apoio de Sérgio Humberto a Araújo já era amplamente antecipado, dado o histórico de colaboração entre ambos no executivo municipal. A situação, que promete continuar a gerar debate, coloca em causa a coesão interna do partido à medida que as eleições autárquicas se aproximam.

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