Trofa
Feira Anual da Trofa regressa com sol, tradições e desafios para o setor agrícola
Longe das enchentes dos outros anos, a Feira Anual da Trofa regressou ao recinto da feira e mercado, de 28 de fevereiro a 2 de março, com a bênção de S. Pedro e um programa que, sem grandes novidades, continua a exaltar o que melhor se faz no setor primário.

Longe das enchentes dos outros anos, a Feira Anual da Trofa regressou ao recinto da feira e mercado, de 28 de fevereiro a 2 de março, com a bênção de S. Pedro e um programa que, sem grandes novidades, continua a exaltar o que melhor se faz no setor primário.
As empresas aproveitam a montra para reforçarem contactos e fazerem crescer o negócio, como é o caso da MJ Araújo, que reconhecendo a menor afluência que noutros anos, sublinha o interesse que continua a haver pelo público-alvo do evento.
“Temos a nossa panóplia de máquinas que os clientes procuram, temos tido vendas e bons contactos para fazer entregas, por isso acho que não está mal, ainda por cima S. Pedro ajudou-nos e deu-nos bom tempo”, confessou Manuel Araújo, responsável pela empresa.
Por outro lado, mais do que uma exposição de máquinas agrícolas e palco de concursos das raças bovinas e equinas, o certame serve, igualmente, para que os produtores façam um balanço da atividade e aproveitem para elevar a voz junto das entidades públicas na busca por mais apoios.
Presente na cerimónia de abertura, Paulo Ramalho, vice-presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte, sublinhou que a Feira Anual “não é só importante para os trofenses, mas para toda a região Norte”. “É uma prova de que é perfeitamente possível conviver de forma muito positiva e que acrescente valor a todos, ao mundo rural e ao mundo mais urbano, à indústria, ao comércio e aos serviços. Esta feira transmite esta mensagem fortíssima para a sociedade civil e para todos os atores da Região e do País, numa altura em que a agricultura passa por desafios enormes”, frisou.
Se as alterações climáticas são um problema real para os produtores, não são menos o envelhecimento do setor e a necessidade de investimento constante face à falta de mão de obra. Esta foi a perceção deixada por Jorge Oliveira, presidente da Cooperativa dos Agricultores de Santo Tirso e Trofa, que espera que as candidaturas a incentivos, atualmente abertas para os jovens produtores, acabem por chegar também para os que já estão no setor há mais tempo.
“Hoje em dia, os investimentos estão muito caros e faz-nos falta alguma ajuda para podermos renovar tudo o que temos dentro de portas, que nos faz muita falta para trabalhar hoje em dia, em que a mão de obra é muito escassa, o que nos obriga a recorrer a máquinas e à robotização”, sublinhou.
No picadeiro do Parque da Samogueira, os concursos equestres e a gala de sábado à noite atraíram muitos curiosos à Feira Anual, tal como aconteceu na tenda onde decorreram as competições relacionadas com as raças bovinas autóctones e Holstein Frísia.
Na animação cultural, o palco esteve a cargo de figuras bem conhecidas, como Toy, Emanuel Moura, Cláudia Martins e Minhotos Marotos.