Região
Por ano, são diagnosticados 450 casos de cancro na ULS do Médio Ave
Anualmente, mais de 450 novos casos de cancro são referenciados para tratamento na unidade, abrangendo os concelhos de Vila Nova de Famalicão, Santo Tirso e Trofa.
A Unidade Local de Saúde do Médio Ave (ULSMAve) vai assinalar o Dia Mundial do Cancro, que se celebra a 4 de fevereiro, com uma ação de sensibilização sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce. A iniciativa decorre num contexto em que, anualmente, mais de 450 novos casos de cancro são referenciados para tratamento na unidade, abrangendo os concelhos de Vila Nova de Famalicão, Santo Tirso e Trofa.
Segundo a nota informativa da ULS Médio Ave, os tipos de cancro mais prevalentes na região são o do pulmão, da mama, do aparelho digestivo e da próstata. Só no último ano, foram admitidos para tratamento 130 novos casos de cancro da mama, 60 de cancro colorretal e 45 de cancro gástrico. No entanto, estes números não refletem a totalidade dos diagnósticos, uma vez que alguns doentes são orientados para outras unidades hospitalares.
O Serviço de Oncologia da ULSMAve assegura atualmente o tratamento de cancros da mama, gástrico, colorretal e da tiroide, enquanto as restantes neoplasias malignas são acompanhadas no IPO do Porto ou em hospitais de referência de Braga e Porto. Desde 2019, a unidade tem um protocolo de colaboração com o IPO do Porto para melhorar a resposta à patologia oncológica.
A nível global, o cancro continua a ser uma das principais causas de morte, responsável por cerca de 10 milhões de óbitos anuais. De acordo com a Organização Mundial da Saúde, uma em cada cinco pessoas desenvolverá cancro ao longo da vida, sendo que um terço dos casos pode ser prevenido e outro terço pode ser curado se detetado precocemente e tratado de forma adequada.
Entre as medidas preventivas recomendadas pela ULS Médio Ave estão a adoção de hábitos saudáveis, como evitar o tabaco e o consumo excessivo de álcool, manter um peso saudável, praticar exercício físico regular, vacinar-se contra infeções como o papilomavírus humano (HPV) e a hepatite B, e aderir aos rastreios de diagnóstico precoce.
Região
Preços das casas em alta
No concelho da Trofa, o metro quadrado fixou-se em 1476 euros em dezembro, registando uma ligeira descida de 0,5% face a novembro, mas um aumento anual de 9,6%.
Os preços das habitações nos concelhos da Trofa, Santo Tirso e Vila Nova de Famalicão registaram valores máximos históricos no fim de 2024, de acordo com dados da plataforma Idealista. Apesar de algumas variações mensais, o crescimento anual foi notável, refletindo a tendência de valorização imobiliária na região.
Em Vila Nova de Famalicão, o preço médio do metro quadrado atingiu os 1500 euros, representando um acréscimo de 1,9% em relação a novembro e uma subida de 16,7% face a dezembro de 2023.
O valor é o mais alto entre os três concelhos e coloca Famalicão como o quarto concelho mais caro do distrito de Braga, apenas atrás de Esposende (2067 euros), Braga (1975 euros) e Guimarães (1613 euros). Nas freguesias de Brufe e Vila Nova de Famalicão e Calendário, os preços chegaram, respetivamente, a 1865 euros e 1728 euros.
No concelho da Trofa, o metro quadrado fixou-se em 1476 euros em dezembro, registando uma ligeira descida de 0,5% face a novembro, mas um aumento anual de 9,6%. Apesar de não ter superado o valor máximo histórico de novembro de 2024 (1478 euros), a Trofa mantém-se no 10.º lugar dos concelhos mais caros do distrito do Porto, que apresenta uma média de 2916 euros por metro quadrado. Foi, aliás, este um dos distritos com a maior subida percentual do preço das casas, mais 15,9% se se considerar os valores do metro quadrado em dezembro de 2024 e o mês homólogo de 2023.
A plataforma Idealista dá também alguns dados relativos a freguesias. Na freguesia do Coronado, pertencente ao concelho da Trofa, o preço situou-se em 1402 euros, no último mês do ano.
Já no município de Santo Tirso, o preço do metro quadrado alcançou o máximo histórico de 1392 euros, com um aumento significativo de 4,5% face a novembro e 21,1% em relação ao mesmo mês do ano anterior. O concelho ocupa o 11.º lugar no ranking distrital, num contexto em que os valores mais elevados são registados no Porto (3705 euros) e em Matosinhos (3479 euros).
Comparando com os valores de 2015, o crescimento foi evidente em todos os concelhos. Na Trofa, o metro quadrado subiu 112,4%, passando de 695 euros para 1476 euros. Em Santo Tirso, o metro quadrado custava 742 euros há nove anos, menos 650 que agora. E em Famalicão, a valorização foi igualmente acentuada. Em dezembro de 2015, o metro quadrado custava 690 euros, menos de metade do valor registado no fim de 2024.
Em Portugal, a média do custo do metro quadrado, em dezembro de 2024, foi de 2827 euros, mais 10,4% tendo em conta o mesmo mês de 2023. Em 2015, a média do custo do metro quadrado no país situava-se nos 1136 euros.Ainda segundo dados da Idealista, Portugal é o quarto país da União Europeia (UE) com a maior subida dos preços das casas entre 2015 e 2023, apresentando um crescimento de 48,1%, apenas atrás da Hungria, Lituânia e República Checa. A menor subida dos preços foi sentida na Finlândia.
Região
Sabe quanto aumentou a fatura da água, saneamento e lixo nos últimos dois anos?
A fatura da água, saneamento e resíduos sólidos urbanos (RSU) registou um aumento significativo nos últimos dois anos.
A fatura da água, saneamento e resíduos sólidos urbanos (RSU) registou um aumento significativo nos últimos dois anos no concelho da Trofa, alcançando um acréscimo de 31,91 euros entre 2022 e 2024. Segundo os dados da DECO Proteste, um agregado familiar com um consumo anual de 120 metros cúbicos de água paga atualmente 473,89 euros, em comparação com os 441,98 euros registados em 2022.
Os aumentos foram especialmente notórios no abastecimento de água, cujo custo subiu de 175,77 euros, em 2022, para 195,68 euros, em 2024, numa taxa de subida que superou os 11% para o consumo estimado de 120 metros cúbicos. Já os custos do saneamento mantiveram-se estáveis nos 170,21 euros ao longo destes dois anos, enquanto a recolha de resíduos sólidos urbanos sofreu um aumento de 12 euros, passando de 96 euros, em 2022, para 108 euros, desde 2023.
Em Santo Tirso, onde os serviços de água e saneamento estão incluídos no mesmo contrato de abastecimento da Trofa, o aumento foi mais contido, de 19,91 euros, com a fatura a passar de 429,14 euros, em 2022, para 449,05 euros, em 2024. Este concelho beneficia de uma taxa de RSU inferior, que se manteve inalterada nos 83,16 euros durante os dois anos analisados.
Assim, Santo Tirso apresenta uma fatura 24,84 euros mais barata do que a da Trofa para o mesmo nível de consumo.
Os aumentos verificados, especialmente no concelho da Trofa, refletem-se no peso crescente das despesas com água, saneamento e resíduos no orçamento das famílias. A DECO Proteste alerta para a necessidade de maior transparência e equidade na definição das tarifas, sublinhando o impacto que estas têm no custo de vida das populações.
Em Vila Nova de Famalicão, de acordo com os dados da DECO Proteste, a fatura anual para um consumo de 120 metros cúbicos de água, saneamento e RSU subiu 22,55 euros entre 2022 e 2024, passando de 342,87 euros para 365,42 euros.
O preço da componente da água manteve-se inalterado ao longo dos três anos, fixando-se em 157,68 euros anuais. No entanto, os aumentos registados nas tarifas de saneamento e RSU são responsáveis pela subida global.
No saneamento, os custos passaram de 126,56 euros, em 2022, para 130,35 euros, em 2023, e atingiram 134,66 euros, em 2024. Já na recolha de resíduos sólidos urbanos, o aumento foi mais significativo: de 58,63 euros, em 2022, para 60,40 euros, em 2023, e para 73,08 euros, em 2024.
Estes aumentos representam um encargo adicional para os munícipes, que, em apenas dois anos, viram a fatura crescer cerca de 6,6%.
Trofa já não é o concelho com a fatura mais cara do país
Apesar do agravamento do preço sentido pelos consumidores, a fatura de água, saneamento e RSU no concelho da Trofa já não é, como foi, durante muitos anos, a mais cara do País. Em 2024, era Amarante que apresentava uma conta mais elevada, para um consumo de 120 metros cúbicos, 494,47 euros, segundo os dados fornecidos pela Deco Proteste. A Trofa surge em 7.º lugar neste ranking, atrás de Oliveira de Azeméis (€491,94), Ovar (€477,81), Albergaria-a-Velha (€477,15), Baião (€476,24) e Vila Nova de Gaia (€474,02). Santo Tirso aparece no 11.º lugar e Vila Nova de Famalicão em 59.º.
A fatura mais baixa paga-se em Vila Nova de Foz de Côa, 94,09 euros, uma diferença de 400 euros em relação a Amarante e de quase 380 euros comparativamente com o concelho da Trofa.
Em 2025, a fatura vai ficar mais cara, com a subida dos preços do abastecimento de água nos concelhos da Trofa e Santo Tirso, que partilha o contrato com a Indaqua. O tarifário, segundo deu conta a edilidade tirsense em comunicado, em dezembro, sofrerá “um aumento médio de 1,62%”.