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Cooperativa dos Agricultores de Santo Tirso e Trofa celebra 50 anos (c/ vídeo)

Sinónimo de “orgulho” na história e de “ato de justiça social” para todos os que trabalharam e trabalham para o progresso da instituição, o programa comemorativo dos 50 anos da Cooperativa dos Agricultores de Santo Tirso e Trofa estende-se por todo o ano de 2025.

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Sinónimo de “orgulho” na história e de “ato de justiça social” para todos os que trabalharam e trabalham para o progresso da instituição, o programa comemorativo dos 50 anos da Cooperativa dos Agricultores de Santo Tirso e Trofa estende-se por todo o ano de 2025.

Esta é uma forma de dignificar a história de uma instituição que tem origens ainda mais remotas, através do Syndicato Agrícola de Santo Thyrso, como explicou Jorge Oliveira, presidente da Cooperativa, na conferência de apresentação do programa comemorativo, a 3 de janeiro.

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“Estas comemorações constituem um marco importante na história da Instituição, tanto mais que procedem de quase oito décadas de empenho e dedicação na defesa intransigente dos interesses do setor agrícola neste território, abrangido pelos vales do Ave e do Leça. Para assinalar condignamente esta efeméride, o conselho de administração em exercício deliberou desenvolver um programa de atividades condizentes com a visibilidade e o mérito que a Cooperativa possui no panorama regional”, referiu o dirigente, que lembrou os “mais de 20 milhões de euros” de volume de negócios, por ano, e os “cerca de mil associados”.

“Honrar o passado, celebrar o futuro” foi o lema escolhido pela Cooperativa dos Agricultores de Santo Tirso/Trofa, que pretende ser voz ativa na “reflexão” sobre os “desafios” que colocam à prova a sustentabilidade do setor na região. Um dos maiores, reconhece Jorge Oliveira, é “conseguir atrair os jovens” para responder ao envelhecimento dos produtores e “à percentagem de desistências que acontecem todos os anos”. “Esse é um aspeto que deve ser bem debatido, para conseguirmos estratégias para fixarmos os jovens e atrai-los para esta atividade”, sublinhou.

Apesar desta realidade, a Cooperativa tem resultados económicos que a colocam como uma das maiores do país, graças às quatro secções de atividade, compra e venda, leiteira, sanidade animal e milho-grão oleaginosas e proteaginosas, e à “estratégia que este conselho de administração tem adotado” na “relação de bons preços e bons serviços”. “Conseguimos fidelizar os nossos sócios”, complementou Jorge Oliveira.

Além do edifício-sede e do armazém, situados na cidade de Santo Tirso, a instituição conta com um outro estabelecimento comercial no lugar da Maganha, em Santiago de Bougado, concelho da Trofa. Há ainda um espaço, em Lamelas, no município tirsense, que outrora serviu de “posto de recolha de leite e fábrica de produção de queijo”, que “precisa de ser remodelada”.

“Estamos a tentar perceber se conseguimos apoios para dignificar aquele espaço”, frisou o presidente da Cooperativa.

O programa comemorativo dos 50 anos da Cooperativa (ver caixa) terá como dia principal 25 de setembro, com sessão solene, homenagem póstuma aos presidentes da instituição já falecidos e apresentação do livro alusivo à história dos 129 anos do setor agrícola nos concelhos de Santo Tirso e Trofa.

Antes, a 20 de março, na sede da instituição em Santo Tirso, será apresentado o projeto de renovação do ecomuseu e a inaugurada a exposição fotográfica e documental “do Grémio da Lavoura à Cooperativa dos Agricultores”. Para 14 de junho está marcado o colóquio “A cooperativa dos Agricultores de Santo Tirso e Trofa, de olhos postos no futuro”, no auditório do Fórum Trofa XXI.

Do Sindicato à Cooperativa

Em 21 de maio de 1896, foi fundado o “Syndicato Agrícola de Santo Thyrso”, ao abrigo da Carta de Lei promulgada pelo Rei D. Carlos a 3 de abril do mesmo ano. Este documento facultava aos agricultores e profissionais ligados à agricultura a criação de associações locais, designadas como Sindicatos Agrícolas. A sua missão principal era o estudo, a defesa e a promoção dos interesses da agricultura, com ênfase nos associados proprietários agrícolas.

Mais tarde, a 22 de março de 1939, foi regulamentada no país a organização interna dos Grémios da Lavoura, estruturas corporativas criadas no contexto do Estado Novo, que vieram substituir os Sindicatos Agrícolas. Foi nesse contexto que, a 16 de novembro de 1940, nasceu o “Grémio da Lavoura de Santo Tirso”, com o propósito de organizar a produção e representar os interesses económicos do setor agrícola, pecuário e vinícola do concelho.

Após a revolução de 25 de Abril de 1974, e com a extinção dos Grémios, foi fundada, a 25 de setembro de 1975, a “Cooperativa Agrícola dos Agricultores de Santo Tirso”. Desde então, esta instituição tem-se dedicado ao apoio e desenvolvimento da agricultura numa área abrangendo dois concelhos e 19 freguesias.

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