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Memórias e Histórias da Trofa: Páginas da História da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários da Trofa – Inauguração do atual quartel (IV)

Nestas crónicas tem sido descrito o enorme caminho percorrido pela Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários da Trofa até ao seu atual quartel.

José Pedro Reis

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Na leitura das edições anteriores do Jornal do Ave nestas crónicas tem sido descrito o enorme caminho percorrido pela Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários da Trofa até ao seu atual quartel.

Na crónica anterior, estavam a ser descritos os vários passos que já tinham sido realizados, como também aqueles que estavam projetados num projeto próximo para aumentar as verbas para aquele colosso investimento se tornar uma certeza.

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Os meses foram-se passando e várias foram as atividades realizadas para a angariação de donativos fundamentais para que a construção do novo quartel fosse uma realidade.

Escrevia-se, em outubro de 1986, que o novo quartel estava a ficar praticamente pronto, faltavam apenas alguns meses, se mantivesse aquele ritmo, a conclusão da construção seria uma realidade.

Um baile aqui, um concurso ali, um donativo dado por uma alma mais generosa, as quotas dos sócios, aos poucos ia-se conseguindo as verbas necessárias para a sua construção.

Poucos anos passaram desde que de uma simples garagem próxima à Estação de Caminho de Ferro nascesse uma corporação de bombeiros, apenas uma ambulância que depois foi coadjuvada no apoio pelos Bombeiros Voluntários de Valongo com a cedência de uma viatura contra incêndios e posteriormente pela compra do seu primeiro carro para esse efeito, estava próxima de inaugurar um dos quartéis mais bem preparado do país.

A associação registava uma enorme atividade no ano de 1986 com vários serviços realizados, concretamente: 95 serviços de fogo, 882 acidentes de automóvel, 4094 transporte de doentes urgentes e 499 saídas para serviços diversos. As viaturas na sua globalidade percorreram 238.634 quilómetros.

Analisando a informação anterior, é possível perceber que tinha sido percorrido praticamente um quarto de milhão de quilómetros e eram realizadas em média 11 urgências por dia.

Se anos antes se duvidava da utilidade desta corporação, eis que, pouco tempo depois ficavam desfeitas essas dúvidas com tantas atividades realizadas em prol do próximo.

Esperava-se com grande ansiedade a inauguração do novo quartel e, em março de 1987, apontava-se o mês de julho como o mês em que ia ocorrer esse ato solene e único. Havia um sentimento de realização, indicando também para o enorme reforço de meios materiais que iria ocorrer nessa fase.

A instituição iria receber três ambulâncias completamente equipadas, um autotanque com capacidade de transporte para os teatros de operações de 10 mil litros de água com espaço ainda para armazenamento de espuma carbónica (fundamental para os incêndios industriais e até mesmo em viaturas), uma carrinha para o transporte de doentes não urgentes e por fim, um pronto socorro todo-o-terreno.

A ambição do seu quadro ativo, comando e diretivo passava também por adquirir uma escada Magirus, mas essa viatura tinha um custo de aproximadamente 40 mil contos (atualmente 200 mil euros) o que era uma verba astronómica para a realidade da associação que estava a concretizar um forte investimento e obviamente sem grande capacidade de suportar esse esforço financeiro.

O número telefónico dos bombeiros nessa época era o 42164. O número que era sempre discado na Trofa em caso de emergência e do outro lado da linha, obtinha sempre resposta pronta e eficaz para todo o tipo de ocorrências.

Nas palavras do Eng. Amadeu em entrevista ao “Jornal da Trofa” realizada neste momento da história para tentar fazer entender a evolução da associação, o seu líder máximo reforça essa toada de crescimento com a afirmação de que a associação tinha começado apenas 10 anos antes, contando unicamente com uma ambulância e um pronto socorro e com uma dívida de 1200 contos e estava a trilhar este caminho de superação permanentemente.

Na mesma entrevista destacava também a realização de um enorme investimento em telecomunicações com que era executado em parceria com a Universidade do Minho com o propósito de haver um controlo melhor da operacionalidade da instituição.

Na tentativa de enquadrar a comunidade no projeto da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários da Trofa, havendo disponível o espaço da cave, eram informados os elementos da comunidade trofense que estaria disponível aquela parte das instalações para uso das coletividades locais e havia já interessados, concretamente: a Banda da Música da Trofa, a Sociedade Columbófila e o Rancho das Lavradeiras.

Continua na próxima edição…

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