GNR Reforça Combate à Violência Doméstica em Portugal

A Guarda Nacional Republicana (GNR) tem vindo a intensificar os seus esforços no combate à violência doméstica, uma prioridade da sua política criminal. Este enfoque estratégico inclui o reforço de campanhas de sensibilização e a formação específica do seu efetivo.

Os militares da GNR contam com formação especializada para apoiar vítimas vulneráveis, apoiados pelos Núcleos de Investigação de Apoio a Vítimas Específicas (NIAVE). Estes núcleos são responsáveis por investigar casos de maior complexidade, como os que envolvem crianças, mulheres e idosos, assegurando uma resposta adequada e humana às particularidades de cada situação.

A nível nacional, a GNR dispõe de 347 Salas de Atendimento à Vítima, que facilitam o acolhimento e apoio às pessoas afetadas por este tipo de crime. Em 2023, os 137 militares dos NIAVE concluíram a investigação de 3 810 processos relacionados com violência doméstica. Os dados mostram um aumento dos crimes registados: em 2022 foram 14 636, em 2023 subiram para 14 825, e, até setembro de 2024, foram contabilizados 11 076 crimes (dados provisórios). Neste período, a GNR deteve 1 509 pessoas em 2022, 1 588 em 2023 e 1 074 até setembro de 2024.

A apreensão de armas no contexto da violência doméstica também é significativa, com a GNR a ter apreendido 949 armas em 2024 até setembro. Em anos anteriores, foram 1 131 armas em 2023 e 1 073 em 2022.

Este ano, a GNR formou 310 militares através de dois Cursos de Investigação e Apoio a Vítimas Específicas (CIAVE), reforçando as capacidades dos agentes que atuam nos NIAVE e nas Salas de Atendimento à Vítima.

A GNR sublinha que a violência doméstica não afeta apenas as vítimas diretas, mas também as suas famílias e a sociedade em geral, o que torna essencial o seu trabalho na prevenção e combate a este grave problema social.