Fique ligado

Crónicas e opinião

A Capela de Santa Eulália

No extremo da freguesia de S. Romão do Coronado, de dois em dois anos, faz-se uma brilhante e típica romaria a Santa Eulália.

José Pedro Reis

Publicado

em

DR

No extremo da freguesia de S. Romão do Coronado, de dois em dois anos, faz-se uma brilhante e típica romaria a Santa Eulália.

Uma das marcas da identidade deste povo trofense que se orgulha do seu bairrismo, presta homenagem a uma santa desde tempos imemoriais.

Publicidade

 

A sua localização é digna de suspense, a sua localização num extremo isolado da localidade, sobre uma pequena elevação que pode esconder alguma construção histórica, faltando as sondagens no terreno que se revelarem positivas não serão surpreendentes.

Vários foram os locais no país e no mundo que numa elevação semelhante foram realizados achados arqueológicos, podendo com tudo que tem sido explicado dar a entender que este espaço é ocupado pelo ser humano desde tempos bastante remotos.

Os próprios historiadores já referem a probabilidade de a sua construção atual remontar ao século XVII, em plena era de 1600, mas sobre uma estrutura pré existente, sendo que em 1758 era classificada como estando dentro da vila e sendo já um local de romarias.

Fazendo uma conta rápida de matemática, se desde 1758 é alvo de romarias e estamos em 2024, perfaz a bela idade de pelo menos 266 anos de devoção.

A sua pertença era dos moradores o que demonstra a grande devoção dos seus paroquianos que tinham construído aquela singela capela à sua custa.

No século XIX e no século XX iria sofrer profundas obras de ampliação e reforma do seu frontão, alterando a sua imagem até à atualidade.

Na prática na história podemos estar perante um local com elevado interesse histórico que foi ocupado por comunidades bastante diferentes ao longo da história, a sua localização sobre a sua elevação, a sua proximidade ao local de onde S. Romão desceu das montanhas após a tranquilização da sociedade, na passagem da sociedade castreja para a sociedade mais evoluída, a sociedade feudal.

Tudo isto é um romance histórico, marcas de uma identidade que ainda poderá e deverá ser devidamente explorado, para contribuir para uma melhor história e contribuir para a construção de uma marca cultural que nos deve orgulhar e fundamentalmente unir em prol do desenvolvimento cultura deste concelho.

Edição Papel

Vê-nos no Tik Tok

Comer sem sair de casa?

Farmácia de serviço

arquivo

Pode ler também...