Trofa
A “caldeirada” de Xavier está a torná-lo um caso de sucesso na música (c/ vídeo)
Xavier é, desde há muito uma confirmação do entretenimento na região, mas na música – e depois de “partir muita pedra” – está a galgar terreno a grande velocidade.
Tem sido uma grande “caldeirada”, mas bem temperada, a julgar pelo número de vezes que é chamado aos programas de televisão. Xavier é, desde há muito uma confirmação do entretenimento na região, mas na música – e depois de “partir muita pedra” – está a galgar terreno a grande velocidade. O contrato assinado com a Espacial é disso reflexo e a agenda preenchida nos últimos tempos dão perspetivas de que o melhor, para este artista da Trofa, ainda poderá estar para vir.
Desde sempre um entusiasta pelas artes do palco, Xavier começou na música e é na música que se quer estabelecer. Mas a polivalência já o fez subir a palcos renomados, como o Rivoli, e a integrar elencos de peças que fizeram história no teatro, como Jesus Cristo SuperStar, de Filipe La Féria, mas não será atrevimento dizer que foram os trabalhos regulares como animador na Quinta d’Alegria que o levou a tornar-se uma estrela entre os conterrâneos. As redes sociais denunciam e as partilhas “orgulhosas” de quem o conheceu de perto, em festas de casamento, batizados ou noites das mulheres e agora o veem pisar, quase diariamente, os palcos dos programas de televisão.
“Ao fim de muitos anos de frustração, e de muitos altos e baixos, nunca perdi a vontade de querer fazer e de querer fazer sempre mais. Cantar sempre foi uma vontade desde pequeno, porque eu sempre quis estar de microfone na mão a animar e a fazer companhia, porque eu acho que essa também é uma coisa muito boa, estarmos a fazer companhia a pessoas que estão em casa, muitas vezes sozinhas”, revelou, em entrevista ao Jornal do Ave.
Há cerca de dois anos, chegou à conclusão que o “danoninho” que faltava para se afirmar no meio era criar as próprias músicas. E o novo caminho começou por “procurar algumas pessoas” com quem privou ao longo dos anos e desbravou terreno até chegar a Jorge do Carmo e a Alex Navarro, que lhe deram o impulso que faltava. Participou no concurso “Estrelas ao Sábado” e, mesmo não vencendo, chamou a atenção de quem é rei no meio artístico. “Ao fim de quase meio ano do final do concurso, recebi um convite da Espacial, que era quase aquele sonho do fundo do túnel”, contou.
Assinou contrato exclusivo com a editora e reuniram-se os ingredientes para a “caldeirada”, que hoje faz sucesso, principalmente pela música “Festa da Mulherada”, que até já passou no líder de audiências “Preço Certo”, de Fernando Mendes. “É uma música feita à minha medida”, admite, antes de dizer, em jeito de homenagem às mulheres, que a avó de 95 anos, provavelmente, estaria, naquela tarde de sol, “no meio do campo a tratar da horta”.
Mas há muitos mais “pratos” para servir além da “caldeirada”, garante Xavier, que deixa a promessa de “fazer tudo com muito amor e com muito carinho” para “agradar a um público cada vez mais transversal”.
“Quero mostrar que, realmente, com muito trabalho as coisas conseguem-se e não é que tenha conseguido, porque quero continuar a conseguir, não é que tenha de haver uma meta, eu quero é continuar a fazer”, referiu, num discurso a soar a mantra para o que espera do futuro.
E por falar em futuro, Xavier vai preenchendo a agenda à velocidade que a carreira cresce, a expectativa é que o verão de 2025 seja o de verdadeira afirmação artística, mas há uma data especial, porque foi a primeira, oficialmente, a ficar registada. No próximo dia 4 de agosto, o cantor trofense estará em Viseu. Já na terra que o viu nascer, ainda não recebeu convites, mas a esperança mantém-se. O desejo de Xavier é que o que vem de “dentro” também seja valorizado e não visto apenas como bons tapa-buracos. “Por exemplo, a Maria Antónia faz um trabalho incrível com os Meninos Cantores, a escola Passos de Dança pode ser vista como um mero grupo que serve para ‘encher chouriços’ numa gala qualquer, mas tem prémios a nível internacional. Podemos ser muito mais que isto”, postulou.
Cátia Veloso
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