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Correio do Leitor: A Páscoa lembra a ressurreição de Cristo

” É esta a nossa Páscoa, que através da fé, da força da esperança e da felicidade animou e anima a vida de milhões de homens, mulheres, jovens e crianças, ao longo de mais de vinte séculos.”

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A ressurreição de Cristo é uma erudição real que, segundo a história, teve revelações evidenciadas pelas duas mulheres discípulas de Jesus, quando chegaram ao túmulo logo de manhã e dos seus discípulos que O sentiram com alegria. Eles deram testemunho de coisas que viram e escutaram. Até aos nossos dias há os que acreditam e os que não acreditam na Sua vitória que deu grande impulso á fé de milhões de gentios. Cristo é o Homem mais marcante de toda a história na Terra. Ele foi o Mestre que pregou o bem, foi o alento dos mais desprotegidos, curou muitos doentes sem medicamentos e fez milagres prodigiosos. Não tinha nenhum exército e mesmo assim, os monarcas de então temiam-no. Ele conquistou o mundo pelo amor e pelo perdão, dando a Sua própria vida por todos sem exceção. Foi o Pastor que deu a Sua vida pelas ovelhas, mas o Homem seguiu outros ídolos antagónicos.

Antes da Páscoa vivemos a Quaresma que inicia na Quarta-feira de Cinzas. Um tempo favorável ao arrependimento, jejum e abstinência. Domingo de Ramos, recorda a entrada triunfal de Cristo em Jerusalém, montado num humilde jumentinho e é aclamado Rei pela multidão, que na semana seguinte O atraiçoa e crucifica. Seguidamente entramos na Semana Santa, que é vivida com especial intensidade. O Triduo Pascal com os momentos importantes do ano litúrgico cristão: a missa vespertina da Ceia do Senhor na Quinta-feira Santa; o Lava-pés lembra a humildade de Jesus aos seus apóstolos, sinal de amor por todos nós, que nessa noite de agonia é “atraiçoado por Judas Iscariote injustamente”. Sexta-feira Santa, dia em que os olhares se voltam para a Cruz e contempla-se nela tudo aquilo que Cristo sofreu por amor de todos, sem exclusão, derramando o Seu sangue até à última gota.

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Maria sofre com Seu Filho até ao fim no Calvário e, centra-se Mãe de todos nós pela afirmação de Jesus. Sábado Santo, o dia do silêncio e do luto por Cristo que deu o Seu sangue para nos resgatar da morte eterna. À noite inicia-se já com alegria a Vigília Pascal com o lume novo, é o renascimento para a Ressurreição. Domingo de Páscoa é o dia em que todos os cristãos celebram a vitória da Vida sobre a morte. Jesus venceu-a ao Ressuscitar! É esta a nossa Páscoa, que através da fé, da força da esperança e da felicidade animou e anima a vida de milhões de homens, mulheres, jovens e crianças, ao longo de mais de vinte séculos.

Todos os domingos do ano são “Domingos de Páscoa”. Celebra-se um acontecimento que nos extasia individualmente, em família e em comunidade. É o primeiro dia da semana, é dia sagrado pela Ressurreição, onde todas as pessoas beneficiam o descanso e a confraternização, crentes e não crentes têm a mesma liberdade. Celebrar a Páscoa significa acompanhar Jesus no dia da Sua Paixão até à Glória da Luz e da alegria contagiante. Ficamos em júbilo e até a Natureza se mostra mais bela pela primavera, uma sensação que o Mundo renovou e tomou rumo da Paz, da felicidade e da fraternidade. Mas infelizmente as armas não se calaram para sempre… Existem presentemente várias guerras no Globo. A guerra na Ucrânia, invadida pela Rússia e a de Israel contra o Hamas, que provocam milhares de mortos e destruição.

Vivemos num mundo ateu onde impera o ódio, a ganância do dinheiro, a inveja, o terror, o medo, a insegurança, a incerteza, a corrida ao armamento, destruição do Planeta e milhões de seres humanos em sofrimento a morrer à fome, na miséria, tratados com tirania. Este é um tempo diabólico comandado por ditadores que não respeitam os Direitos Humanos. Não foi este o caminho que Cristo ensinou a bem de todos. Nesta agonia vamos parar, como Jesus no Deserto. Vamos ouvir, como os Apóstolos no alto do Tabor. Vamos libertar-nos, e não como os vendilhões do Templo. Vamos deixar-nos salvar, como Nicodemos. Vamos ser como Cristo na Cruz, com a nossa cruz no dia a dia, porque a força de Deus vive em nós, mesmo que não acreditemos no Além Celestial.

Após a morte de Jesus, Pedro presidiu à Igreja de Cristo e os apóstolos pregaram o Evangelho, divulgando a religião e os ensinamentos do Mestre. Todos tiveram um papel relevante na evangelização e na propagação da fé. Os seguidores de Jesus foram perseguidos e torturados pelos romanos durante séculos. Hoje o nosso mundo, sem fé e sem coração, pratica esta real tirania. Continua a pregar os pregos nos pés e mãos do Crucificado que jorra sangue por todos nós por amor. Vinde a mim e eu vos aliviarei. Ninguém vai ao Pai senão por Mim.

A Páscoa não é só sentir o menos bom, mas sim alegria de vivermos alegres com a troca de folares, pelos padrinhos aos afilhados, como entre familiares e amigos. As amêndoas simbolizam o ovo ícone de fecundidade humana na Terra. O folar é uma tradição que celebra a amizade. O Compasso ainda usual no nosso meio é o anúncio simbólico da vitória de Cristo sobre a morte, onde as famílias confraternizam na festividade, entre as muitas flores que nos rodeiam, o som dos foguetes que anunciam a solenidade com alegria de mais uma Páscoa.
Desejo uma Santa Páscoa, rápidas melhoras para todos os doentes e consolação de Cristo aos mais tristes e em solidão. Boas festas!

Firmino Santos

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