Folha Liberal: Oportunidade de mudar para avançar!

Na sequência do pedido de demissão do Primeiro Ministro António Costa, a Assembleia da República foi finalmente dissolvida, e as eleições legislativas foram agendadas para 10 de março. É agora altura de devolver a palavra ao povo para que escolha quem nos irá governar. O Partido Socialista tem procurado atribuir ao Presidente da República a responsabilidade pela convocação destas eleições, esquecendo ou querendo que esqueçamos que foi António Costa quem pediu a demissão, ao ver o seu nome envolvido em mais um escândalo, algo que tem sido recorrente nos governos do PS. Não me queiram fazer crer, que o Sr. Primeiro Ministro não se demitiria “só” com o facto de serem encontrados cerca de 75 000€ escondidos no gabinete do seu Chefe de gabinete.

Ao mesmo tempo que nos tentam fazer esquecer disso, também pretendem que esqueçamos que o novo Secretário-Geral do PS, foi membro do governo durante muito tempo e que apenas se demitiu quando percebeu que não podia continuar a alegar desconhecimento da famosa indemnização a Alexandra Reis no valor de cerca de 500 000,00 € aprovada por WhatsApp.

Mas, nós sabemos que ele esteve no governo e, até que esteve como ministro com pastas que tantos problemas criaram. O caso da TAP é apenas um exemplo, e é revelador da forma como Pedro Nuno Santos geriu os assuntos públicos. Gastou cerca de 3 200 000 000 de Euros na empresa, contratou uma gestora que a própria TAP diz que é completamente incompetente, deixou que estivesse na empresa acumulando funções noutras empresas, embora ele tenha tentado negar que sabia, o próprio contrato de trabalho refere isso.

Sustenta ainda que a TAP teve uma gestão tão espetacular que voltou aos lucros antes do esperado, quando a própria TAP declara que os bons resultados nada tiveram a ver com a boa gestão, mas sim com a evolução do setor. A solução encontrada por Pedro Nuno Santos e o PS para salvar a companhia, foi despedir milhares de funcionários e cortar salários em cerca de 20%, em média. Não esqueçamos que este PS e Pedro Nuno Santos também promovem cortes salariais e despedimentos.

Uma das características que Pedro Nuno Santos mais atribui a si próprio e ao PS é a de ser um “fazedor”, relembrando constantemente o que outros não fizeram. Contudo, é pertinente recordar que nos últimos 28 anos o PS esteve no governo mais de 21 anos e, mesmo assim, continua a criticar a falta de iniciativa de outros, nomeadamente em relação ao aeroporto e ao TGV. Após a “troika”, já estão no governo há cerca de 9 anos, mas persistem em afirmar que a origem de todos os males é o governo da “troika”, que, aliás, só interveio em Portugal porque o governo do PS conduziu o país à bancarrota, e que executou o plano elaborado pelo PS.

Não construíram o aeroporto porque não quiseram ou porque não têm capacidade. Não construíram nem prepararam o TGV porque não quiseram ou porque não têm capacidade.

Destruíram o SNS, deixando milhares de pessoas sem assistência médica quando mais precisam. Destruíram a escola pública, refletindo-se em resultados académicos cada vez mais desastrosos. Destruíram o mercado de habitação fazendo com que cada vez seja mais difícil, quem precisa, encontrar habitação para comprar ou arrendar. Tentam a todo o custo minar a justiça, especialmente o Ministério Público, e nós sabemos porquê. Deixam o país com a carga fiscal mais elevada de sempre e com o investimento público mais baixo desde 1974.

Ainda assim, afirmam que agora é que é! Agora, vão resolver todos os problemas!

O que mudou? Por que é que devemos acreditar que agora conseguirão fazer o que não fizeram durante todo este tempo? A única promessa do PS, que posso garantir ao caro leitor que cumpririam, é o aumento dos impostos.

Existe outra forma de governar. É possível fazer o país crescer, aumentar os salários dos trabalhadores e proporcionar mais rendimento às famílias. É possível dar liberdade de escolha aos portugueses.

Esta governação já nos levou aonde sabemos. É tempo de parar o empobrecimento de Portugal e dos portugueses e partir para algo diferente.

No passado dia 21 de janeiro, o Conselho Nacional da Iniciativa Liberal aprovou as listas de candidatos a deputados. Sendo eu candidato a deputado pelo círculo do Porto, na lista da IL, entendo que não devo continuar com as minhas crónicas neste jornal, até às eleições. Agradeço muito ao jornal “O Notícias da Trofa” e ao “Jornal do Ave” pela oportunidade que me proporcionaram. Até sempre!