Crónicas e opinião
Dia 10 de Março marcará o progresso ou o retrocesso de Portugal? – Parte 1
“Juntos, PSD e CDS-PP cortaram salários e pensões. Juntos, aumentaram impostos. Juntos, aumentaram exponencialmente o desemprego em Portugal. Juntos, aumentaram a nossa dívida pública. Juntos, privatizaram serviços públicos ao desbarato. Juntos, empobreceram o país. E os Portugueses sabem disso. Foi por isso que desde 2015 deram constantemente a sua confiança ao PS.”
O país vai a votos mais uma vez no próximo dia 10 de março. Assim entendeu o Senhor Presidente da República. Interrompeu pela 2.ª vez uma legislatura do PS em tão pouco tempo. Compreendo e aceito a decisão tomada pelo Primeiro-Ministro, António Costa.
Compreendo e aceito, porque teria feito o mesmo. Defender o cargo e afastá-lo de qualquer suspeição é aquilo que se pede, de forma a defender e manter o prestígio dos órgãos de soberania.
O que não compreendi da mesma forma foi a decisão do Senhor Presidente da República em derrubar um Governo suportado por uma maioria absoluta. Ainda para mais justificando com a necessidade de devolver ao povo aquilo que o povo escolheu há 2 anos. Ou quererá o Senhor Presidente da República que o povo escolha aquilo que o próprio deseja? Não sei se será isso. Mas que parece isso…
No passado domingo os Portugueses tiveram a oportunidade de assistir a dois momentos importantes para as próximas eleições legislativas.
Em Lisboa, durante o fim de semana decorreu o 24.º Congresso do Partido Socialista. Congresso marcado pela afirmação de Pedro Nuno Santos como um Secretário-Geral do PS gerador de consensos, herdeiro dos valores socialistas, visionário, e já com um conjunto de propostas muito interessantes para os Portugueses. Pedro Nuno Santos apresentou-se neste Congresso com um mote: unir o partido para vencer o país. Não negou o passado que herda de António Costa. Muito pelo contrário, como fez questão de afirmar quando assumiu que parte para o dia 10 de março com um legado muito importante de políticas públicas e decisões tomadas pelos Governos de António Costa.
Porém, assumiu, que este era o seu momento. O momento de dar um novo impulso a Portugal.
Por outro lado, no Porto, juntaram-se 3 partidos para recuperar do baú uma coligação que existiu há mais de 40 anos em Portugal, a AD. Se a ideia era transmitir uma ideia conjunta de um futuro promissor, recuperar uma coligação a três, de um projeto político dos anos 80, não foi a melhor forma de o começar.
Mas mais preocupante é tentar perceber o que se passa com este PSD. Um PSD que tem o mesmo líder há ano e meio e não consegue apresentar propostas concretas para contribuir para um país melhor.
Sobre o PPM não haverá muito a dizer. 260 votos nas legislativas de 2022 dizem muito do crédito que os Portugueses atribuem a este partido que o PSD considerou vital para a coligação.
Mas há muito a dizer sobre o PSD e o CDS-PP. Juntos, de 2011 a 2015 deixaram a sua marca no país.
Juntos, PSD e CDS-PP cortaram salários e pensões. Juntos, aumentaram impostos. Juntos, aumentaram exponencialmente o desemprego em Portugal. Juntos, aumentaram a nossa dívida pública. Juntos, privatizaram serviços públicos ao desbarato. Juntos, empobreceram o país. E os Portugueses sabem disso.
Foi por isso que desde 2015 deram constantemente a sua confiança ao PS. É por isso que desde 2015 o PS tem apresentado sucessivas propostas para melhorar a nossa vida.
Não vivemos num país sem problemas. Sei bem que temos problemas crónicos e estruturais no SNS. Mas esses não se resolvem como a direita defende com privatizações. Sei bem que temos problemas na habitação. E é por isso que o PS lançou a maior reforma de sempre com a lei de bases da habitação, e que estão milhares de fogos em construção por todo o país.
Mas também sei que vivemos num país onde já não se cortam salários. Antes pelo contrário. Vivemos num país onde o salário minino está nos 820€, um crescimento superior a 300€ face a 2015, e onde o salário médio nacional cresceu.
Vivemos num país onde os reformados e pensionistas sabem que todos os anos serão aumentados. Onde o número de desempregados chegou ao seu mínimo histórico. Vivemos num país onde voltamos a gozar os feriados.
Vivemos num país onde o passe dos transportes públicos ronda os 40€. Numa família de 4 pessoas, a poupança com o passe dos transportes públicos ultrapassa os 150€ mensais. Façamos contas. Só esta medida gerou uma poupança de quase 2000€ anuais num agregado familiar de 4 pessoas. Onde as propinas além de estarem no seu valor minino, são agora devolvidas no final dos cursos, em cada ano de trabalho.
Vivemos num país onde os manuais escolares até ao 12.º ano são gratuitos. Vivemos hoje num país manifestamente melhor.
Caro leitor, no próximo artigo continuarei a demonstrar as diferenças dos projetos políticos do PS e do PSD para o país. Despeço-me desejando que 2024 seja um ano de muitas conquistas pessoais e de muita saúde!
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