Sérgio Humberto garante não integrar listas para deputado

A afirmação surgiu depois de o presidente da Junta de Freguesia de Alvarelhos e Guidões, durante a Assembleia Municipal, lhe pedir para “não pôr dois passos lá e um passo cá (Trofa)”.

Sérgio Humberto, presidente da Câmara Municipal, respondeu que está “com os dois pés” e “o pensamento na Trofa”, revelando que não integrará as listas do PSD para a Assembleia da República, nas próximas eleições legislativas, que acontecem a 10 de março.

“Não vou nas listas a deputado, a minha cabeça está cá. Admito, eu gosto muito daquilo que eu faço, dificilmente terei uma profissão que me preencha tanto”, referiu o autarca, que admitiu estar com “menos tempo”, porque “estar à frente do município da Trofa tem sido cada vez mais exigente”.

Adelino Maia, presidente da Junta de Freguesia de Alvarelhos e Guidões, assinalou que, “ultimamente”, tem notado a indisponibilidade de Sérgio Humberto. “Eu noto e já ouvi um colega meu (presidente de Junta) a queixar-se do mesmo. E a realidade é esta, estávamos habituados a bater à porta da câmara, há dez anos, e o senhor presidente atendia-nos logo, ultimamente, não é bem assim”, frisou, sem deixar de referir que o presidente da Câmara “está a acabar o mandato e tem novos horizontes”.

Sobre as legislativas, está garantido que não figurará nas listas a deputado, mas sobre se aceitará algum outro cargo político, Sérgio Humberto nada referiu. Em novembro, por altura do aniversário do concelho, em entrevista ao JN, o autarca trofense não pôs fora de hipótese aceitar outro tipo de funções. “Tenho de avaliar”, referiu o também líder da distrital do PSD.

As eleições europeias também são em 2024 e, curiosamente, Sérgio Humberto tem focado muito o seu discurso nos ganhos vindos de Bruxelas. Na resposta a Adelino Maia, e enquanto enumerava as funções que assumiu noutras entidades por ser autarca da Trofa, Humberto sublinhou a importância de “se fazer lobby” e de adquirir “conhecimentos para trazer investimentos para a Trofa, vindos diretamente de Bruxelas, e não só de Lisboa”.