Crónicas e opinião
Os meus desejos para o concelho da Trofa
O concelho da Trofa tem uma posição estratégica na Área Metropolitana do Porto, com um potencial inegável para emergir como um polo de atratividade tanto para investidores quanto para residentes. Se tivesse de escrever uma carta ao Pai Natal, contendo os presentes que os trofenses merecem nesta época em que todos nos sentimos mais próximos, não teria dificuldade. Ao longo destes anos de serviço aos trofenses no Executivo Municipal, tenho contactado diariamente com as dificuldades, expetativas e ambições de milhares de trofenses, todas legítimas.
Tantas e tantas vezes proponho medidas, projetos e ações para o bem da Trofa que, se fossem todas devidamente atendidas, já teriam trazido muitos benefícios à nossa comunidade. Percebo que não sejam todas, nem perto disso, porque não foi o PS que venceu as últimas eleições autárquicas. Mas muitas delas, que são apresentadas nas reuniões de Câmara e na Assembleia Municipal, pela sua oportunidade e urgência têm sido aplicadas, e é com orgulho democrático que fazemos oposição construtiva e positiva.
É verdade que gostaria de ter uma Trofa diferente, melhor e mais desenvolvida, com o mesmo sentimento de orgulho na nossa terra que nos leva, a todas e a todos, afirmar que a Trofa merece mais!
Para começar, a Trofa deve apostar na criação de um ambiente de negócios acolhedor, que facilite a vida dos investidores. O que significa revisão dos processos de licenciamento, incentivos fiscais e apoio ao empreendedorismo. Ao fazer isso, o Concelho não só atrairá investimento, mas também estimulará a inovação e o desenvolvimento tecnológico.
Isto sem esquecer quem já cá está, quem com o seu esforço e trabalho diários produz riqueza e cria postos de trabalho. Em particular o comércio local deve(ria) ser uma prioridade para a autarquia, que pode intervir através de programas de apoio a pequenas e médias empresas e iniciativas que promovam o comércio local. Um calendário de eventos culturais e mercados de rua é uma estratégia eficaz para dinamizar o centro da Trofa, trazendo vida e consumidores para as ruas da cidade. A Trofa pode(ria) ser o grande centro comercial a céu aberto da nossa região, atraindo consumidores dos concelhos vizinhos.
No tocante à qualidade de vida, é crucial que o município invista em serviços de qualidade para as famílias. A criação de espaços verdes, a melhoria das infraestruturas educativas e de lazer, e a promoção de uma mobilidade sustentável são peças-chave nesta estratégia. A Trofa deve aspirar a ser um local onde as famílias encontrem um equilíbrio entre a vida profissional e pessoal. Teremos, em breve, a concretização da chegada do Metro do Porto à Trofa, uma conquista que, sendo de todos, sempre foi uma das minhas principais lutas em defesa da Trofa.
A Trofa deve ser sempre uma terra solidária, em que ninguém fique para trás e todos tenham oportunidade de singrar na vida. Uma terra que sinta diariamente o espírito de Natal, de comunhão e unidade que faz de cada um de nós mais forte. Uma terra em que ser criança ou idoso é uma oportunidade de ter uma vida digna, saudável e feliz.
Por fim, não podemos esquecer da importância de manter a identidade cultural do Concelho. A Trofa tem uma rica herança cultural que deve ser valorizada e promovida, servindo não só como um chamariz turístico, mas também como uma fonte de orgulho para os residentes. O respeito pelas nossas associações, coletividades e clubes é uma forma de engrandecermos a Trofa, de valorizarmos o trabalho cívico de centenas de trofenses que servem a comunidade nestas instituições.
Este é o momento para a Trofa se reinventar e posicionar-se como um Concelho inovador e atrativo na Área Metropolitana do Porto. As políticas aqui delineadas são mais do que meros desejos; são um roteiro para a construção de um futuro próspero para o concelho e para os seus habitantes. E, enquanto a carta ao Pai Natal, pode ser um simbolismo festivo, a sua concretização depende apenas de uma liderança comprometida, visionária e, acima de tudo, alinhada com as verdadeiras necessidades dos trofenses.
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