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Rotary homenageia Bombeiro Trofense

História de superação serviu de mote à homenagem que o Rotary Clube da Trofa fez ao Bombeiro Trofense, a 5 de maio.

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A 13 de setembro de 2021, durante o período de exercício físico, num ginásio na Trofa, Cátia Santos sofreu uma paragem cardíaca. Prontamente socorrida pelos Bombeiros Voluntários da Trofa, a jovem, então com 23 anos, conseguiu resistir com vida até à chegada ao Hospital de S. João, onde enfrentou semanas de coma clínico. Um dia, acordou e a sua vida recomeçou.

Esta história de superação serviu de mote à homenagem que o Rotary Clube da Trofa fez ao Bombeiro Trofense, a 5 de maio, personificando-a nos operacionais Manuel Costa e Snizahana Vovk, que deram a Cátia uma nova oportunidade de vida.

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Numa cerimónia singela, mas carregada de emoção, a jovem testemunhou os momentos vividos naquele dia e agradeceu a resiliência dos bombeiros. “Este acontecimento colocou-vos à prova e vocês usaram toda a vossa força e conhecimento para não me deixarem morrer. Obrigada por gritarem o meu nome vezes sem conta, obrigada pelos sete choques e obrigada pelas costelas partidas, porque eram elas ou eu”, contou, num discurso emocionado, em que lembrou o momento em que chegou ao Hospital de S. João com vida, com “todos” à sua espera, profissionais de saúde e família.

Na noite da homenagem, Cátia reconheceu a “honra” de lhes poder “dirigir” aquela mensagem, “como filha, como neta e como irmã, estando, agora, consciente de tudo” pelo que passou.
“Obrigada pelo serviço nobre que prestam à nossa sociedade. Não é meramente uma profissão ou voluntariado, é algo que vos sai da alma. Nunca duvidem de como o vosso trabalho pode mudar uma vida”, disse, ainda, a jovem, num discurso entrecortado por momentos de comoção e aplausos.

Em nome dos bombeiros distinguidos e de toda a corporação, o comandante dos Bombeiros Voluntários da Trofa, João Pedro Goulart, sublinhou que “o testemunho vivo da Cátia e de outros, a homenagem do Rotary e a ação paralela com a Proteção Civil vão fazer de todos, no dia de amanhã, bombeiros mais ricos, mais fortes, mais objetivos e mais conscientes”.

O comandante não deixou de lançar algumas alfinetadas, lamentando a falta de reconhecimento da sociedade aos “heróis do povo”. “São estes os bombeiros que não dormem para socorrerem quem precisa, são estes os bombeiros que vão trabalhar e recebem um salário que mal paga as deslocações para o quartel para ficarem de serviço em prol dos outros, são estes os bombeiros que se alimentam mal, muitas vezes, para socorrerem o próximo. São estes os bombeiros que a sociedade vai mascarando”, acrescentou.

António Sousa, presidente em exercício do Rotary Clube da Trofa, tem uma ligação especial com a Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários da Trofa, não fosse ele presidente da assembleia-geral. Por isso, foi com emoção que lembrou “todos os bombeiros” que passaram pela instituição ao longo dos 47 anos de existência.

“Um dos propósitos dos clubes rotários é escolher, em cada ano, um profissional que seja um exemplo para todos. Reconhecemos no bombeiro trofense e no seu exemplo de vida o grande lema rotário ‘dar de si antes de pensar em si’. Não posso deixar de transmitir uma palavra de reconhecimento aos bombeiros e também aos seus familiares, que os apoiam incondicionalmente, mesmo sabendo que o convívio familiar fica para segundo plano, quando são chamados, quer pela escala de serviço, quer pelo toque da sirene, para entrarem em ação, no socorro a vítimas de acidente, ou incêndios urbanos ou florestais, ou inundações, ou catástrofes naturais, ou emergências hospitalares. Nos momentos de aflição a que estamos sujeitos, o nosso primeiro pensamento é um pedido de ajuda aos bombeiros e eles estão sempre presentes, quer seja dia de aniversário, festa de família, Páscoa ou Natal. Por todos estes motivos, o Rotary reconhece o mérito profissional ao bombeiro trofense, ao serviço desta associação humanitária”, referiu, sem conter as lágrimas.

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