Ano 2009
Administrador da Coindu nega despedimento colectivo
O administrador da Coindu, a maior têxtil do País, garantiu hoje a empresa não tem em curso qualquer processo de despedimento colectivo, mas admitiu a existência de mão-de-obra excedentária.
“Neste momento, não há qualquer processo de despedimento colectivo iniciado. Estamos a analisar várias situações e várias soluções, e brevemente tomaremos as medidas que considerarmos adequadas”, disse Jorge Torres.
Jorge Torres acrescentou que a empresa, que se dedica ao fabrico de assentos e outros componentes para automóveis, tem nas fábricas de Famalicão e Arcos de Valdevez um total de 1700 trabalhadores, número que neste momento se revela “excessivo”, face à crise internacional e consequente quebra de encomendas.
O responsável sublinhou que a empresa admitiu 700 trabalhadores entre Maio de 2007 e Maio de 2008, numa altura em que “ninguém podia prever” as dimensões da crise internacional.
A Coindu não tem renovando os contratos a prazo que chegam ao fim, admitiu Jorge Torres, que não especificou quantos funcionários estão nesta situação.
O administrador disse igualmente que nos últimos a empresa vem efectuando paragens na produção durante alguns dias por semana, mas negou que estejam a ser feitas rescisões individuais com os trabalhadores, ao contrário do que hoje avançaram fontes sindicais.
Dos 1700 funcionários, 500 a 600 trabalham na fábrica de Arcos de Valdevez, enquanto que os restantes estão distribuídos pelas outras duas fábricas que a empresa tem em Vila Nova de Famalicão.
O Jornal de Negócios noticiou que a Coindu anunciou um despedimento colectivo.
“Neste momento, não estamos perante qualquer despedimento colectivo”, reiterou Jorge Torres.
Jorge Torres falava em Viana do Castelo, à saída de uma reunião no Governo Civil que juntou empresários do sector da produção automóvel radicados no distrito e responsáveis pela gestão do Programa Operacional de Competitividade e do Instituto de Emprego e Formação Profissional.
“O objectivo foi fazer a radiografia deste sector no distrito, que emprega cerca de 3000 pessoas, e tentar encontrar medidas e saídas que ajudem a minimizar os efeitos da crise”, explicou o governador civil, Pita Guerreiro.
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