Crónicas e opinião
Memórias e Histórias da Trofa: História do Teatro na Trofa – Novas Informações
O percurso relativamente à história do teatro deve continuar a ser explorado, pois, já em tempos idos, foi desmistificado que o teatro Alves da Cunha não foi a primeira casa de espetáculos que surgiu no seio da comunidade.
A história, por vezes, prega-nos partidas e aquilo que achávamos verdades absolutas esfumam-se no ar e traduzem-se numa leve neblina que vai desaparecendo com o passar do tempo, ficando, igualmente, abertas novas oportunidades para serem exploradas.
Um historiador tem um problema muito “grave” com ele: procura querer saber sempre mais e mais, não se dando satisfeito com o seu conhecimento, isto se quiser evoluir e procurar continuar a indagação pela verdade.
O percurso relativamente à história do teatro deve continuar a ser explorado, pois, já em tempos idos, foi desmistificado que o teatro Alves da Cunha não foi a primeira casa de espetáculos que surgiu no seio da comunidade, mas sim um barracão junto à linha do comboio (cenário normal no meio dos burgos industrializados), como também foi referenciada a existência de uma segunda sala de espetáculos.
Do teatro, cuja origem em território trofense é apontada somente para o final da década de 1920, afinal, anos antes, concretamente e pelo menos em 1921, já se discutia a constituição de um núcleo de teatro.
Num primeiro patamar de acompanhamento da constituição daquele grupo teatral, a atenção para a necessidade de conseguir vários elementos, uma vez que, alegadamente tinha falta de atores, porém os ensaios iam decorrendo.
As vantagens daquele grupo nascer em território trofense eram sobretudo de quebrar o marasmo que a Trofa vivia em termos culturais, não abundando as atividades dessa índole. Parecia um sinal do destino.
Os seus organizadores debatiam-se com a falta de dinheiro e até mesmo de um salão apropriado para comprarem os cenários, roupas, etc.
A falta de um salão é rapidamente resolvida, porque um dos Sr. Silva iriam ceder, gratuitamente, um dos seus salões para ser o local de ensaios e também de demonstração das peças.
A notícia da fundação deste grupo termina com a informação relativamente à falta de dinheiro e também de madeiras para conseguir avançar mais uns passos neste importante projeto para a região, mas o sentimento era de alento apesar das dificuldades, porque afirmava-se que as possibilidades eram elevadas, atendendo aos elevados recursos financeiros e materiais que pareciam existir numa comunidade que trilhava os primeiros passos da industrialização.
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