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Ano 2007

Movimento Cidadania esclareceu o porque de votar sim à despenalização

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“Sim ou Não à despenalização” serviu de mote para a conferência, organizada pelo Movimento Cidadania e Responsabilidade pelo Sim, que decorreu no passado sábado na sede da Junta de Freguesia de S. Martinho e Bougado.

Albino Aroso, ex-ministro da Saúde e médico, Pedro Bacelar Vasconcelos, Constitucionalista e Adelina Trindade Guedes, Advogada foram os convidados deste debate, moderado por Cunha Pinto, que pretendia esclarecer asa duvidas relativamente ao que está em causa no Referendo de 11 de Fevereiro.

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“O que está em causa neste Referendo não é o sim ou não ao aborto. A pergunta que o Sr. Presidente da Republica aconselhou para o Referendo é a penas e tão só para saber se os portugueses concordam com a despenalização voluntaria da gravidez até às dez semanas e não, como muitos têm apregoado, se concordam ou não com o aborto. são coisas bem diferentes mas que muitos teimar em não perceber”, defendeu Albino Aroso. Dando a conhecer a sua vasta experiencia, no que toca a este tema, o médico afirmou que “há cerca de 30 anos apareciam no Hospital de Santo António uma média de 15 mulheres com sinais de terem praticado aborto e que por isso sofriam de graves complicações por o terem praticado em locais sem condições de higiene e segurança. Hoje em dia, esse número baixou drasticamente o que prova que este não é um problema de agora, sempre aconteceu e vai continuar a acontecer se teimar-mos em esconder o que acontece diariamente”. Albino Aroso, a quem chamam “Pai do Planeamento Familiar em Portugal” defendeu que o que se passa neste momento é um problema cultural, em que a Europa mais civilizada que nós já despenalizou a interrupção voluntária da gravidez até 10 e 12 semanas e nós ainda continuamos a querer penalizar a mulher por um acto que resulta, não só da vontade dela, mas da vontade conjunta.

No inicio desta vida que a igreja considera humana…estão convencidos que um destruir um embrião recém-formado é um crime. Em termos científicos todos sabem que não é assim. Ás dez semanas, numa ecografia, ninguém consegue distinguir as diferenças entre um embrião humano e de um macaco”, gracejou.

Por seu lado Pedro Vasconcelos lembrou que os mais afectados com actual lei são as pessoas com maiores dificuldades económicas e sociais a quem ninguém protege deixando-os abandonados à sua sorte. O que quer dizer que aqueles que defendem o direito à vida menosprezam a vida de direitos daqueles que carecem de apoio, que vivem em situações extremas de carência social e económica. A protecção da vida humana só faz sentido quando se dá importância ao ser individual. Assim o constitucionalista defende que quem deverá decidir sobre a interrupção voluntaria da gravidez deverá ser a própria mulher. Assim Pedro Vasconcelos defende o Sim à despenalização.

Já Adelina Trindade Guedes defendeu a despenalização da pratica da interrupção voluntaria da gravidez, assim como a alteração quadro jurídico vigente na defesa de despenalização e nunca da liberalização do aborto”, concluiu.

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